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 | 05/06/2006 11h56min

Vendas da indústria caem 1,35% em abril

Indicadores mostram continuidade na recuperação da atividade econômica

As vendas reais da indústria brasileira recuaram 1,35% em abril sobre março, em termos dessazonalizados, informou hoje a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na série sem ajuste sazonal, a entidade registrou uma queda de 11,51% nas vendas reais em abril em relação ao mês anterior. Na comparação com abril de 2005, a retração foi de 3,59%.

No acumulado do primeiro quadrimestre, contudo, houve elevação de 0,76% sobre o mesmo período do ano passado. A CNI acredita que essa queda nas vendas não significa uma piora na tendência de crescimento da atividade industrial registrada desde o início do ano. Em março, por exemplo, as vendas apresentaram expansão de 1,01% ante fevereiro. A entidade afirma que "a tendência do indicador é de alta", em função da redução dos juros e expansão do crédito.

A pesquisa da entidade é realizada mensalmente em 12 Estados, com cerca de 3 mil empresas.

– As vendas geralmente caem em abril, pois além de contar com menos dias do que março, há também a Semana Santa – diz relatório da entidade em que os técnicos também lembram que abril de 2006 foi menor do que em outros anos, pois teve somente 18 dias úteis, cinco a menos do que março.

Conforme o estudo, os sinais apontam para a manutenção do crescimento nos próximos meses. Um desses sinais é a recuperação do mercado de trabalho. A expansão do emprego industrial  em abril na série com ajuste sazonal foi a maior registrada entre dois meses subseqüentes desde janeiro de 2005. O total de pessoal ocupadas na indústria do país cresceu 0,55% entre março e abril. Na série que considera os efeitos sazonais, o pessoal empregado aumentou 1,4% em relação a março, o maior crescimento de toda a década.

– Com o atual ritmo de crescimento do emprego industrial, as perspectivas para o ano de 2006 devem tornar-se mais favoráveis – destaca o boletim.

Além disso, o número médio de horas trabalhadas na produção entre fevereiro e abril é 1,33% maior que o registrado no trimestre imediatamente anterior. Em, as horas trabalhadas aumentaram 0,69% na comparação com março, descontados os fatores sazonais. Em números sem ajuste sazonal, porém, houve queda de 5,1% de um mês para o outro. Na comparação com abril de 2005, a baixa foi de 2,13%.

– No primeiro quadrimestre de 2006, o número de horas trabalhadas na indústria excedeu em 1,27% o de igual período de 2005 – diz a pesquisa da CNI.

A aceleração do ritmo de crescimento da atividade não implicará riscos à produção, asseguram os técnicos da CNI. Isso porque os investimentos feitos pela indústria estão ampliando ou modernizaram o parque fabril brasileiro. Em abril, o nível de utilização da capacidade instalada ficou em 81,1% na série com ajuste sazonal, pouco maior que os 80,8% registrados em março.

– Em um ano, o índice de utilização da capacidade instalada caiu 1,4 ponto percentual. No mesmo período, o número de horas trabalhadas na produção cresceu 1,3%. A combinação entre aumento da produção e queda no índice de utilização da capacidade instalada é possível apenas se houver expansão do parque fabril ou modernização do processo produtivo – afirmam os técnicos da CNI.

De acordo com o boletim Indicadores Industriais, os investimentos no parque produtivo ao longo do último ano são importantes e afastam os riscos de gargalos à produção.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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