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 | 29/05/2006 20h24min

Clubes se reúnem para tentar solucionar impasse no Nacional

Uma reunião programada para esta terça entre a comissão executiva do Campeonato Nacional Masculino de Basquete e os clubes participantes tentará colocar fim ao impasse que marca a disputa da fase final do torneio. Na última sexta, uma liminar concedida pelo juiz Daniel Ferro Affonso Rodrigues Alves, da 25ª Vara Cível do Rio de Janeiro, determinou o afastamento do presidente da entidade, Gerasime Grego Bozikis, a pedido das federações do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná. A final do campeonato também foi suspensa porque o Universo, de Brasília, pleiteia os pontos do jogo contra o Rio de Janeiro, reclamando da participação do armador Arnaldinho, que atuou sob efeito de liminar.

Para o técnico do Franca, Hélio Rubens Garcia, um acerto entre as partes é fundamental para a conclusão do torneio.

– Se não houver acordo é possível que não haja um campeão – alerta o treinador.

O perigo é a competição não ser concluída antes do início da Copa do Mundo de futebol e comprometer os prazos de apresentação das seleções nacionais – que este ano disputam seus mundiais.

– Estamos muito frustrados com tudo o que está acontecendo. Depois de um hexagonal de pleno êxito vem este problema de ação na Justiça. Estamos muito frustrados e decepcionados – afirma Hélio Rubens Garcia. – Nós vemos tudo com o olhar otimista, mas para quem não está no basquete é sinônimo de bagunça, desorganização. É muito ruim.

O técnico do Franca acredita que a solução final demanda a reestruturação da modalidade com a criação de uma liga oficial de clubes. No Brasil, o campeonato nacional é organizado pela Confederação Brasileira, ao contrário de outros países nos quais os organizadores são ligas independentes formadas pelos clubes.

– Se houvesse liga oficial, nada disso estaria acontecendo – garante.

No primeiro semestre deste ano, alguns clubes se uniram para criar a Nossa Liga de Basquetebol (NLB), presidida pelo ex-jogador Oscar. A entidade, que chegou a atrair praticamente todos os atuais clubes do Nacional em sua fase embrionária, não é reconhecida pela CBB e, portanto, pela Federação Internacional de Basquete (Fiba).

– A idéia da Nossa Liga é muito bem-vinda, mas foi muito mal encaminhada – questiona Hélio Rubens, cujo clube foi um dos que deixou a NLB pouco antes de seu lançamento oficial.

Outro finalista também lastima toda a confusão que tem marcado as últimas fases do Nacional.

– O basquete mudou o foco. Vale mais advogado, liminar, jurídico... os craques, o jogo perderam valor. As pessoas estão olhando apenas para seu próprio umbigo. Para o basquete mesmo está difícil de alguém olhar – lamenta o técnico do Ribeirão Preto, Aluísio Ferreira, o Lula.

Responsável também pelo comando da seleção brasileira masculina, Lula preocupa-se com os reflexos da temporada na equipe.

– As pessoas esquecem que o Brasil não vai conseguir a vaga olímpica na Justiça. Vai ser jogando.

Na CBB, o ritmo é de espera. Segundo a assessoria de imprensa, a entidade já entrou com agravo para suspender o efeito da liminar que determina o afastamento de Grego. Contudo, nem esta nem uma provável decisão do juiz reconduzindo o dirigente a seu cargo foram entregues na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

GAZETA PRESS

 
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