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 | 12/05/2006 19h32min

Sindicatos protestarão contra Morales em São Paulo

Força Sindical e CGT convocaram movimento para próxima quarta

Duas centrais operárias convocaram hoje uma manifestação na próxima quarta em frente ao consulado da Bolívia em São Paulo, em protesto pela atitude do presidente Evo Morales em relação à Petrobras. O protesto foi convocado pela Força Sindical e a Confederação Geral de Trabalhadores (CGT), e terá o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Associação Comercial de São Paulo, entre outras entidades.

Em São Paulo vivem cerca de 100 mil imigrantes bolivianos, muitos deles trabalhadores da indústria têxtil, segundo cálculos das autoridades.

"Não podemos permitir que o Governo boliviano use a força contra a Petrobras e contra os brasileiros que trabalham naquele país", afirmou em comunicado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.

Morales, que no dia 1° de maio decretou a nacionalização dos hidrocarbonetos, fez duras críticas a Petrobras ontem em Viena, acusando a estatal de trabalhar ilegalmente em seu país e afirmando que não haverá indenização para as empresas estrangeiras afetadas por suas medidas. O governante boliviano também acusou as petrolíferas estrangeiras que operam no país de serem contrabandistas e de trabalharem com contratos inconstitucionais.

A Petrobras, que tem investimentos de US$ 1,5 bilhão na Bolívia, recebeu as acusações com indignação. O governo brasileiro recebeu uma avalanche de críticas de diversos setores, que consideraram morna sua reação ante as atitudes e acusações de Morales. Segundo a nota de Paulinho, "o presidente Lula precisa atuar mais pela soberania nacional".

Lula e Morales se reunirão em Viena para tratar das divergências sobre a situação da Petrobras no país andino.

Alguns setores também expressaram sua preocupação pela intenção do Executivo boliviano de expropriar terras de brasileiros estabelecidos em zonas fronteiriças com o Brasil, como parte de uma ambiciosa reforma agrária. O governo da Bolívia afirma que as propriedades teriam sido adquiridas de forma ilegal. Segundo a imprensa, cerca de 80% das terras dedicadas à pecuária na região de Santa Cruz de la Sierra pertencem a brasileiros que criam mais de 2 milhões de cabeças de gado, que estão preocupados com a possibilidade de uma desapropriação.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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