As atividades de Marcos Valério Fernandes de Souza no que ficou conhecido como valerioduto foram detalhadas pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ele disse que a CPI descobriu no publicitário – dono das empresas SMP&B e DNA, entre outras – "um arquiteto de sofisticadas operações financeiras de distribuição de dinheiro a parlamentares".

Segundo a versão apresentada por Serraglio no relatório final da CPI, Valério angariava recursos tanto no setor público como no privado e os repassava, por meio de suas agências de publicidade, às pessoas indicadas pelo tesoureiro do PT, Delúbio Soares. O relator afirma que o esquema já tinha sido oferecido a políticos de Minas Gerais na campanha de 1998, fato que foi descoberto posteriormente.

“Marcos Valério possuía uma relação umbilical com o Partido dos Trabalhadores e com autoridades públicas. Suas agências possuíam contratos com a administração pública, incluindo os Correios, o Banco do Brasil, a Eletronorte e os Ministérios do Trabalho e do Esporte. Todos esses contratos colecionaram irregularidades” afirmou Serraglio.

AGÊNCIA SENADO