| 15/03/2006 23h56min
Depois de bater a Portuguesa de virada no último sábado e reencontrar a paz, o Palmeiras voltou a campo na noite desta quarta para enfrentar o Rosario Central, da Argentina, de olho na ponta do Grupo 7 da Libertadores. Com Enílton recuperado de lesão e de volta ao comando do ataque, a expectativa era de mais uma vitória. Era. Com apenas Edmundo e Lúcio inspirados, o Palmeiras foi um pouco melhor do que o adversário, mas pecou em demasia e acabou ficando mesmo no empate sem gols e sem emoção.
O resultado levou o time do Parque Antártica a cinco pontos, ainda na segunda posição do grupo. Pela Libertadores, o Verdão volta a campo na próxima quinta, dia 23, novamente contra o Rosario Central, em Rosario, na Argentina. Antes, no domingo, a equipe volta ao Parque Antártica para encarar a Ponte Preta, em jogo válido pela 15ª rodada do Campeonato Paulista.
Truncado, o primeiro tempo do jogo acabou irritando os torcedores que compareceram ao Palestra Itália. O Palmeiras teve o domínio das ações e assustou o goleiro Castellano em algumas oportunidades. Edmundo, inspirado, atuava mais como armador, e encontrava espaços preciosos na defesa argentina. Foi dessa forma que, aos 18 minutos, o Animal serviu Enílton dentro da área e viu o camisa 9 finalizar à direita do gol, desperdiçando grande oportunidade.
O gol também esteve próximo de sair três vezes na mesma jogada aos 28. Correa, livre, bateu da intermediária. O goleiro deu rebote e Marcinho, de primeira, testou mais uma vez os reflexos do camisa 1, que voltou a rebater. Na terceira chance, Enílton isolou, mas o lance já estava invalidado, pois o jogador palmeirense foi pego em posição de impedimento.
Já o Rosario Central mostrou porque é o lanterna do grupo. Fraco tecnicamente, tropeçava na bola e mostrava apenas um bom jogador: Ruben. Foi o camisa 9 quem criou as melhores chances de gol argentinas, a principal delas logo no início do jogo, graças a um erro de Enílton, que perdeu a bola no meio-campo e por pouco não viu o atacante balançar as redes.
O mais perigoso atacante argentino voltou a levar perigo aos 22, chutando de longe e tirando tinta do gol palmeirense. Aos 40, o atacante passou com categoria por Marcinho Guerreiro, invadiu a área e foi desequilibrado pelo palmeirense, de forma legal, com os ombros. No último lance da etapa inicial, Villagra cruzou fechado da esquerda e Ruben, mais uma vez, cabeceou meio sem jeito, mas quase surpreendeu Sérgio.
Leão voltou para a etapa final com Alceu substituindo Douglas e Ricardinho no lugar de Paulo Baier. Com isso, passou a atuar no 4-4-2 e mandou Correa para a lateral direita, formando o meio com dois armadores e dois volantes de marcação. Mesmo com um homem a mais no setor, o segundo tempo mal começou e a torcida levou um susto, ao ver Vitti, sozinho, acertar o travessão de Sérgio. Na sobra, o árbitro marcou impedimento.
A resposta palmeirense veio em boa jogada de Lúcio, que acabou derrubado na entrada da área. Na cobrança da falta, Correa obrigou o goleiro Castellano a desviar para escanteio. Pouco depois, Edmundo fez boa jogada e achou Enílton na área. O atacante dividiu com o goleiro e a bola sobrou para Lúcio, que chutou fora.
O Rosário continuou apostando em contra-ataques e cruzamentos para a área de Sérgio, e só não chegou ao gol graças ao baixo nível técnico de seus jogadores. Aos 14, por exemplo, Ledesma invadiu sozinho pela direita, levantou a cabeça e viu Ruben bem colocado, mas, na hora de executar o passe, jogou atrás do companheiro, facilitando o trabalho de Sérgio. Com o passar do tempo, o Rosário foi se acomodando cada vez mais em campo e mostrando que o empate sem gols já estava de bom tamanho. Com Edmundo cansado, a armação palmeirense acabou ficando nos pés de Alceu, e as chances de gol ficaram cada vez mais escassas.
A torcida ainda tentou incentivar o Alviverde nos momentos finais do duelo, mas acabou prendendo a respiração ao ver os buracos que ficavam na defesa a cada contra-ataque argentino. Com o apito final de Carlos Torres, sobraram vaias para o desempenho palmeirense, que mais uma vez não foi capaz de satisfazer seus apaixonados torcedores. O técnico Leão também voltou a ser alvo da ira de alguns, que não se conformam de ver Washington e Alceu trajando o uniforme verde e branco.
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