| 23/02/2006 21h39min
O Inter goleou o Nacional por 3 a 0 nesta quinta. Mas não foi só isso. Não bastasse as três vezes em que os quase 40 mil torcedores explodiram gritando gol, o Colorado ainda deu um banho de bola nos uruguaios, devolvendo com sobra a derrota sofrida em 1980 pela mesma competição. E como prêmio, o time assumiu a liderança do Grupo 6, desbancando o próprio Nacional e ultrapassando o Maracaibo, cujo empate na estréia estava entalado na garganta dos colorados.
Os jogadores entraram em campo ao som do Tema da Vitória, que embalava as vitórias de Ayrton Senna na Fórmula-1. Foi a comemoração antecipada pela atuação brilhante que estava por vir.
Não é exagero dizer que o Nacional não viu a cor da bola. Contagiados pela energia que vinha das arquibancadas, os jogadores do Inter morderam desde o início, concentrando o jogo à frente da intermediária do Nacional. E quando não estavam com a bola, mandavam uma forte marcação para cima dos uruguaios, que os neutralizou.
Tinga, bravo guerreiro, participou de quase todas as jogadas. Até que foi vencido pelo cansaço muscular aos 37 minutos do segundo tempo e deu lugar a Adriano, que também incomodou muito a zaga do Nacional.
Perdigão, cuja escalação foi confirmada já no meio da semana, também brilhou. E os dois, somados a Fabinho, movimentaram o Inter, iniciando todas as jogadas com muita troca de passes e bola no pé.
Os atacantes também merecem destaque. Michel, mesmo muito criticado, foi mantido por Abel Braga no time, teve grande atuação e ainda abriu o marcador. Foi aos 20 minutos de partida, depois da jogada de Fernandão pelo meio, o atacante recebeu na entrada da área, driblou o goleiro e mandou um chute forte para o fundo das redes de Bava.
Ainda em pé comemorando o gol, a torcida foi ao delírio. Os colorados que atenderam à convocação do presidente Fernando Carvalho e foram a campo apoiar o time explodiram novamente. Desta vez, após a cabeçada de Fernandão. O gigante de 1m90cm subiu mais alto que todos na área e com um testaço guardou o cruzamento de Ceará, da esquerda fazendo 2 a 0. Empolgado com o gol, o centroavante de Abel ainda tentou outras cabeçadas com levaram perigo ao gol de Bava.
Já na segunda etapa, o time gaúcho esperava uma reação do Nacional. E ela veio, mas não com a intensidade aguardada. Garcez, grande nome do ataque adversário, fez jogadas pela esquerda, que sempre paravam em Bolívar ou Fabiano Eller.
O 2 a 0 no placar não era proporcional ao tamanho da atuação do Inter dentro de campo. Por isso, os colorados chegavam, a todo o momento, na área do Nacional, levando perigo com os toque envolventes. A torcida gritava olé. Ela queria mais.
E aos 43 minutos da etapa complementar, Rubens Cardoso atendeu o pedido. Mossoró, que substituiu Michel no segundo tempo, entregou a bola para o lateral, que tirou de dois zagueiros, pela ponta-esquerda e, sem ângulo, na linha de fundo, arriscou um chute (ou um cruzamento?) que pegou efeito e parou dentro do gol. Golaço! Era o que faltava para coroar a grande atuação e, de prêmio, receber a liderança da chave.
MARIANE HAHNGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.