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 | 15/02/2006 21h38min

Palmeiras e Cerro estréiam com um 0 a 0 em Assunção

O líder do Grupo 7 é o Atlético Nacional da Colômbia com três pontos

A partida contra o Cerro Porteño esteve longe de ser a mais brilhante do Palmeiras em 2006, mas pode-se dizer que o time volta do Paraguai com seu objetivo cumprido. Nesta quarta, o Verdão empatou com em 0 a 0 com o atual campeão paraguaio, em partida disputada no estádio La Olla pela primeira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.

Nos dias que antecederam o encontro, jogadores e o técnico Émerson Leão já haviam antecipado que a estratégia do time seria congestionar o campo e evitar uma pressão excessiva por parte do Cerro Porteño. O Palmeiras exploraria os espaços abertos pela equipe da casa para tentar um eventual gol da vitória.

Leão deixou claro que essa seria realmente sua estratégia logo na escalação. Pela primeira vez na temporada, o técnico escalou a equipe em 3-5-2, com Valdomiro, Gamarra e Daniel fechando a defesa e os laterais Paulo Baier e Lúcio congestionando o meio campo. No ataque, o veloz Enílton ganhou o lugar de Washington para reforçar o contra-ataque alviverde.

O time não se adaptou à formação. Com Lúcio e Paulo Baier mais avançados, as laterais ficaram desprotegidas, em um espaço que foi bastante aproveitado pelo Cerro Porteño. Logo a um minuto de jogo, Grana fez boa jogada pela direita e cruzou para Achucarro, que bateu travado por Daniel.

No meio-campo, o Verdão também estava em desvantagem. Com os meias perdidos na defesa paraguaia, o time brasileiro não conseguia manter a posse de bola e cadenciar a partida, apostando em lançamentos longos e infrutíferos. O Cerro logo recuperava a bola e seguia a pressão.

A situação ficou ainda pior para a equipe brasileira quando Daniel - que voltava de uma lesão exatamente nesta partida - sentiu uma dor na coxa direita e foi substituído por Leonardo Silva logo aos 13 minutos. O cenário só na era pior para os alviverdes porque o Cerro, apesar do domínio, tinha dificuldades na armação e não deixava seus atacantes em boas condições de finalizar.

O primeiro bom lance palmeirense ocorreu aos 31 minutos. Em cobrança de falta de Paulo Baier, a bola se chocou contra o travessão do Cerro. No rebote, Corrêa chutou em cima do goleiro Barreto, que segurou com firmeza. A equipe paraguaia continuou controlando a partida, mas não imprimia uma pressão tão intensa quanto no início da partida. Assim, o jogo chegou ao intervalo em 0 x 0.

Leão tentou mudar o Palmeiras nos vestiários. Sacou Valdomiro para colocar Ricardinho, recompondo a defesa e o meio-campo com quatro jogadores cada setor. Com isso, o time voltava à formação que adotou em toda a temporada.

Porém, essa modificação não impediu que o assédio cerrista continuasse forte. Aos dois minutos, Fretes se livrou da marcação de Marcinho e cruzou para Cristaldo, que cabeceou na trave direita de Sérgio. O Cerro Porteño continuou pressionando, perdendo duas boas oportunidades pelo alto, com Ávalos e Achucarro.

O Palmeiras se soltou mais a partir da metade do segundo tempo. E não teve dificuldades para chegar perto do gol. Aos 23 min, Edmundo recebeu livre pela direita e bateu cruzado, mas a bola saiu pela linha de fundo. Dois minutos depois, Enílton e Edmundo ficaram de frente para o gol, mas hesitaram no momento de finalizar e preferiram trocar passes, permitindo a recomposição da defesa paraguaia.

Como ocorrera no primeiro tempo, o ritmo da partida foi diminuindo gradualmente. Um raro momento de emoção apareceu aos 36 min, quando Devaca ajeitou de cabeça para Benítez, também de cabeça, mandar a bola ao travessão palmeirense. De resto, a partida seguiu, cada vez mais arrastada, até o final.

Com este resultado, as duas equipes dividem a vice-liderança do Grupo 7. O primeiro colocado é o Atlético Nacional, da Colômbia, que venceu os argentinos do Rosario Central na outra partida já realizada pela chave. O Palmeiras volta a campo neste domingo, às 18h10, para enfrentar o São Caetano pelo Campeonato Paulista. Na Libertadores, o próximo duelo palmeirense é contra o Atlético Nacional, em 2 de março, no Parque Antárctica.

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