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 | 13/02/2006 14h31min

Alta e demanda impedem queda maior dos juros

Avaliação é do vice-presidente da Anefac, Miguel José de Oliveira

O aumento da demanda por crédito e da inadimplência impediu uma queda mais acentuada das taxas de juros em janeiro, acredita Miguel José de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

No mês passado, taxa média cobrada da pessoa física teve uma pequena redução de 0,13%, o que representa uma retração de 0,01 ponto percentual. Com isso, a taxa média ficou em 7,58% ao mês ou 140,31% ao ano. Os juros do comércio ficaram no mesmo patamar em janeiro; os do cartão de crédito, cheque especial e empréstimo pessoal de financeiras caíram; e as taxas de CDC Bancos e empréstimo pessoal de bancos subiram.

Para pessoa jurídica, uma linha de crédito manteve no mesmo valor (capital de giro), uma foi reduzida (desconto de cheques) e duas foram elevadas (desconto de duplicatas e conta garantida). Com isso, a taxa média para pessoa jurídica apresentou elevação de 0,23%, chegando a 4,43% ao mês e 68,23% ao ano.

Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) determinou uma redução de 0,75 ponto percentual ao ano na taxa básica de juros (Selic). Isso deveria ter provocado uma queda mais acentuada nos juros nas operações de crédito.

No entanto, a concentração de dívida do começo do ano (IPTU, IPVA, despesas escolares e compras do natal) fez acelerar a demanda por crédito no mês passado. Além disso, houve também aumento da inadimplência, comum nesta época do ano, o que impediu uma queda mais acentuada dos juros cobrados.

Para os consumidores, a boa notícia ficou por conta dos juros cobrados por cartões de crédito, cheque especial e empréstimos pessoais feito por financeiras que caíram, respectivamente, 0,10%, 0,36% e 0,85%. No caso dos cartões, a taxa média cobrada passou para 10,25% ao mês ou 222,51% ao ano. No cheque especial, a taxa média em janeiro foi de 8,24% ao mês ou 158,61% ao ano. No empréstimo pessoal de financeiras, a taxa média foi 11,73% ao mês ou 278,48% ao ano.

A taxa média de juros do comércio foi mantida em 6,15% ao mês ou 104,66% ao ano. O CDC dos bancos ficou 0,57% mais caro em janeiro, com a taxa média passando para 3,48% ao mês ou 50,76% ao ano. O empréstimo pessoal feito em bancos também subiu. O aumento foi de 0,88% na taxa de juros média, que passou a 5,70% ao mês ou 94,49% ao ano.

A Anefac ainda pesquisou os juros cobrados por doze tipos de lojas. Onze mantiveram inalteradas suas taxas de juros em janeiro e uma empresa, de financiamento de veículos, elevou a taxa.

Para as pessoas jurídicas, a taxa de juros média cobrada por capital de giro foi mantida em 4,23% ao mês ou 64,40% ao ano. A taxa cobrado por desconto de duplicata subiu 1,31%, passando a 3,82% ao mês ou 56,81% ao ano. A conta garantida também ficou mais cara, passando a 5,62% ao mês e 92,73% ao ano. O desconto de cheques e promissórias teve redução de 0,75% nas taxas, que caíram para 4% ao mês ou 60,10% ao ano.

AGÊNCIA O GLOBO

 
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