O primeiro mês de 2006 fechou com alta de 0,59% na inflação. O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado na manhã de hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, a apuração foi de 0,36%.

Nos últimos doze meses o acúmulo do índice chega a 5,7%, taxa praticamente igual aos 5,69% registrados nos doze meses anteriores. Sobre janeiro de 2005, o índice fica praticamente estável, já que o mesmo mês no ano passado teve alta de 0,58%.

Entre os destaques do IPCA o Instituto aponta a o álcool combustível, impulsionado pelas elevadas cotações da cana-de-açúcar. O produto teve impacto de 0,11 ponto percentual na apuração, subindo 9,87% na média das regiões pesquisadas em relação ao final do ano passado.

As passagens dos ônibus urbanos, principal parcela da despesa das famílias, exerceram o segundo maior impacto (0,09 ponto percentual) sobre o índice do mês, ainda que sua variação (1,82%) tenha sido bem menor que a do álcool.

Também são destacados  pelo IBGE os aumentos dos itens seguro de veículos (2,43%), condomínio (1,81%), recreação (1,19%), empregado doméstico (1,16%) e conserto de veículos (1,05%).

As baixas ficaram por conta de energia elétrica, 0,94% mais baratas, e os grupos alimentação e bebidas (de 0,27% de dezembro para 0,11% em janeiro) e vestuário (de 1,58% para 0,03%). Nos alimentos, carnes (de 0,41% para –2,77%) e frango (de –1,34% para -3,60%) ficaram mais baratos.

As regiões metropolitanas com as maiores altas foram Belo Horizonte (1,48%) e Brasília (1,41%). As menores acelerações ficaram com Recife (0,02%) e São Paulo (0,30%).

O IPCA é utilizado como baliza para as metas de inflação do Banco Central. que são de 4,5% em 2006, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

As regiões metropolitanas abrangidas pelo índice são Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e o município de Goiânia.