A receita cambial com a exportação de carne em 2005 atingiu US$ 3,149 bilhões, o que significou um aumento de 22,4% em relação ao ano de 2004. Em 2005, o resultado do volume embarcado foi um novo recorde. O Brasil exportou 2,3 milhões de toneladas para mais de 150 países, contra 2 milhões de toneladas no ano anterior, o que representou um aumento de 18%.

A Rússia foi o país que mais importou carne brasileira in natura. Em 2005, os russos foram responsáveis pela compra de 433 mil toneladas, o que gerou uma receita cambial de US$ 525 milhões. O Egito aparece em segundo lugar com US$ 252 milhões, seguido da Holanda (US$ 191 milhões), Reino Unido (US$ 181 milhões) e Itália (US$ 152 milhões). A Bulgária foi um dos destaques, apesar de ser o nono país da lista. De 2004 para 2005 as exportações para aquele país cresceram 115% em volume e 153% em receita cambial, informa a Abiec.

Na avaliação da Abiec, o impacto do foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul foi muito pequeno nas exportações porque os grandes frigoríficos exportadores têm hoje uma capilaridade que permite o remanejamento de sua produção para exportação.

– O frigorífico que antes do foco exportava para Europa de Mato Grosso do Sul passou a exportar de Goiás e deixou a unidade dos estados embargados pela Europa para produzir carne industrializada para os Estados Unidos que não praticou qualquer restrição – explicou o presidente da Abiec, Marcus Vinicius Pratini de Moraes.

A expectativa da Abiec é de que já no primeiro semestre de 2006 alguns embargos sejam suspensos e as exportações voltem ao normal. A entidade pretende continuar com uma agenda promocional intensa como vinha fazendo nos anos passados. Para este ano já estão previstas feiras no Egito, Moscou, e Paris além de workshops na Holanda, Argélia, Líbano, Chile, Itália e Ucrânia.

AGÊNCIA O GLOBO