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 | 09/12/2005 15h18min

Policiais que mataram Jean podem responder a processo

Brasileiro foi atingido por oito tiros em metrô após ser confundido com terrorista

Nick Hardwick, o presidente do órgão que investiga a morte por engano do brasileiro Jean Charles de Menezes, ocorrida em 22 de julho no metrô de Londres, considera provável a apresentação de acusações formais contra os agentes que atiraram nele.

Hardwick, responsável pela Comissão Independente de Queixas à Polícia (IPCC, na sigla em inglês), antecipou que, provavelmente, o órgão enviará suas conclusões diretamente à Promotoria, que depois decidirá se há provas suficientes para a acusação dos implicados.

A IPCC investiga os atos ocorridos em 22 de julho, quando Jean, de 27 anos, foi morto com oito tiros – sete na cabeça – por um agente vestido à paisana na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres.

O policial confundiu o brasileiro com um dos supostos autores dos atentados cometidos contra o metrô e um ônibus da capital no dia anterior, os quais não chegaram a causar mortos, já que apenas os detonadores tinham explodido.

A comissão, que interrogou todos os policiais envolvidos na operação e os cerca de 30 passageiros que estavam no vagão em que o jovem foi morto, determinará se os agentes incorreram num delito.

Num encontro com jornalistas, Hardwick explicou que, na hora de decidir se cabe ou não a apresentação de acusações formais, a comissão é menos exigente que a Promotoria, que, por conta disso, deverá chegar a suas próprias conclusões. Embora o presidente não tenha sido claro, parece provável que as a comissão apresentará acusações de homicídio, segundo os meios de comunicação britânicos.

A IPCC, que apresentará seu relatório ainda neste mesmo mês, leva a cabo uma investigação paralela sobre a responsabilidade do comissário-chefe da Polícia Metropolitana de Londres, sir Ian Blair, no ocorrido. A investigação resulta de uma queixa apresentada pela família de Jean durante sua última viagem ao Reino Unido. Os parentes do brasileiro acusaram Ian Blair de mentir ao afirmar num primeiro momento que o cidadão brasileiro se tinha comportado de forma suspeita e desobedeceu a polícia.

AGÊNCIA EFE
 
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