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 | 05/12/2005 13h28min

Tribunal escuta testemunha em julgamento de Saddam

Terceira audiência chegou a ser suspensa após a saída dos advogados de defesa

O Tribunal Especial iraquiano escutou uma das testemunhas no julgamento de Saddam Hussein e de sete de seus ex-colaboradores. Na nova audiência do julgamento, que começou esta manhã, estiveram presentes os oito acusados do massacre de 148 xiitas em 1982 na aldeia de Dujail, ao norte de Bagdá, após uma tentativa de assassinato contra Saddam Hussein.

A testemunha, identificada como Ahmed Hassan al-Dujaili, de 38 anos, assegurou aos juízes que muitos moradores da aldeia estavam detidos desde 1981, um ano antes da visita de Saddam, e que "pelo menos 15 deles foram assassinados no mesmo ano, e os outros em 1985". A testemunha explicou que as detenções foram realizadas após o serviço secreto do ex-ditador acusar os habitantes de Dujail de esconder opositores do partido Baath.

Al-Dujaili também afirmou que em 7 de julho de 1982, durante a visita de Saddam à aldeia, em que saiu ileso de uma tentativa de assassinato, a aviação iraquiana bombardeou de forma indiscriminada casas e plantações de Dujail, e que um número indefinido de jovens, mulheres e idosos foram detidos. Al-Dujaili mencionou os nomes de pelo menos nove pessoas que teriam morrido no bombardeio, e disse que foi detido e levado junto a muitas pessoas a um centro de detenção, e depois à prisão de Abu Ghraib, onde foram torturados e maltratados.

A audiência de hoje, a terceira desde o começo do julgamento, em 19 de outubro, foi suspensa após a saída dos advogados de defesa em protesto contra a decisão do juiz Razgar Mohammed Amin de não escutar suas opiniões sobre "a ilegitimidade" do tribunal. O Tribunal Especial retomou a audiência após uma interrupção de 90 minutos, depois que o juiz permitiu que dois advogados de defesa, inclusive o ex-ministro da Justiça dos EUA Ramsey Clark, explicassem suas opiniões sobre o julgamento.

Clark, que pôde falar durante cinco minutos, disse que este tempo é "insuficiente" e denunciou a ilegitimidade dos procedimentos e a falta de proteção aos advogados. Outro advogado, Najib al Al-Naimi, disse que a criação do Tribunal Especial na presença das "tropas de ocupação no país é ilegal e contradiz as leis internacionais".

A televisão Al Jazira transmitiu imagens da audiência de hoje, em que houve discussões entre a testemunha e o juiz ou com alguns dos acusados, especialmente com Barzan al-Tikriti, meio-irmão de Saddam e ex-chefe do serviço secreto.

O ex-ditador, vestido com terno escuro e camisa sem gravata, com aspecto tranqüilo e sorridente, queixou-se aos juízes sobre o fato de que o julgamento está sendo realizado enquanto as tropas estrangeiras ainda estão no país. Seu meio-irmão, Barzan, gritou várias vezes: "Viva Saddam, viva o Iraque".

A terceira audiência foi realizada em meio a rígidas medidas de segurança no interior da "zona verde", no oeste de Bagdá, onde um cidadão francês foi seqüestrado hoje. As autoridades iraquianas disseram que Bernard Planche, seqüestrado no luxuoso bairro de Al Mansur (oeste), é um engenheiro que trabalha em uma estação de purificação de água em Bagdá.

criação do Tribunal Especial na presença das "tropas de ocupação no país é ilegal e contradiz as leis internacionais".

A televisão Al Jazira transmitiu imagens da audiência de hoje, em que houve discussões entre a testemunha e o juiz ou com alguns dos acusados, especialmente com Barzan al-Tikriti, meio-irmão de Saddam e ex-chefe do serviço secreto.

O ex-ditador, vestido com terno escuro e camisa sem gravata, com aspecto tranqüilo e sorridente, queixou-se aos juízes sobre o fato de que o julgamento está sendo realizado enquanto as tropas estrangeiras ainda estão no país. Seu meio-irmão, Barzan, gritou várias vezes: "Viva Saddam, viva o Iraque".

A terceira audiência foi realizada em meio a rígidas medidas de segurança no interior da "zona verde", no oeste de Bagdá, onde um cidadão francês foi seqüestrado hoje. As autoridades iraquianas disseram que Bernard Planche, seqüestrado no luxuoso bairro de Al Mansur (oeste), é um engenheiro que trabalha em uma estação de purificação de água em Bagdá.

EFE
 
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