| 10/11/2005 11h06min
O Inter encara o Boca Juniors, nesta quinta, às 22h, em Buenos Aires, em jogo de volta pelas quartas-de-final da Sul-Americana, com uma certeza: a Bombonera já não mete medo. Até mesmo o presidente Fernando Carvalho admite a mudança de postura da equipe:
– É totalmente diferente. Nós amadurecemos – diz o presidente.
O Colorado pode empatar ou perder por diferença de um gol, desde que marque também. Se passar pelo Boca, o Inter vai encarar, nas semifinais, o Universidad Católica do Chile, que garantiu a vaga ontem ao vencer o Fluminense, em casa, por 2 a 0.
Na preleção de hoje, no hotel Sheraton, de Buenos Aires, o técnico Muricy Ramalho pretende repassar todos os pontos comentados na conversa de meia hora com os jogadores no campo, antes de viajar. São detalhes, frutos da observação de vários jogos do Boca. Entre as orientações está a de se evitar faltas dos lados do campo, pois os jogadores do Boca catimbam bastante para jogadas ensaiadas visando Palermo e o grandalhão Bilos.
Edinho e Gavilán foram avisados para ficarem de olho nos flancos quando os alas avançarem. Um dos atacantes, provavelmente Palermo, abre pelo lado e fica quase dentro da casamata para puxar contra-ataques. Não sairá dali nem por ordem de Maradona.
Se acontecer um episódio como a bomba que acertou Clemer no ano passado, a ordem do treinador colorado é para o goleiro não se levantar. O técnico entende que o episódio foi decisivo na derrota por 4 a 2. Antes da bomba, o Inter vencia por 1 a 0 e dominava o Boca.
Apesar de ter a vantagem do empate, o Inter reconhece as dificuldades de se enfrentar o time argentino dentro da casa deles:
– Vai ser uma pressão danada no começo. Correria, gritaria da torcida, bola na área, o nosso espaço encurtado a cada lance. Normal, é assim mesmo. Só que vai ser assim dos dois lados, é bom eles saberem disso – avisou o meia Gavilán.
O atacante Fernandão alertou para os perigos que a bola aérea do time argentino pode trazer:
– É uma equipe alta, uma equipe com uma qualidade muito grande e abusa no jogo aéreo. Mas, com um perigo muito grande também na bola pelo chão, de tabelas, penetrações rápidas. Então, a gente tem que estar bem centrado em relação a isso tudo – alertou.
Fernandão destacou ainda que o Inter não irá tentar administrar a vantagem, mas sim, buscar a vitória:
– A gente não veio aqui para administrar vantagem de um gol, porque uma vantagem de um gol é muito pouco. Se for para administrar no final da partida sim, é uma vantagem grande. Mas a gente tem que procurar fazer um gol – salientou Fernandão.
Já o Boca Juniors terá a volta do atacante Palermo, recuperado de lesão muscular. Ele formará dupla de ataque com os dos goleadores do Torneio Apertura, Rodrigo Palacio. Assim, Daniel Bilos retorna a sua posição original de volante pelo lado esquerdo. No gol, Ezequiel Medrán terá sua primeira partida importante no Boca, pois
Roberto Abbondanzieri foi convocado para a
seleção argentina.
O Boca perdeu apenas uma vez uma partida de volta para um time brasileiro dentro da Bombonera. Foi na Libertadores da América de 1991, quando o Flamengo venceu o time argentino por 3 a 0, nas oitavas-de-final da competição.
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