| 27/03/2001 12h02min
A fiscalização anti-aftosa na fronteira de Santa Catarina com a Argentina poderá ter o reforço do Exército no começo de abril. A informação é do gerente estadual de pecuária da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Luiz Carlos Kirinus. Técnicos da Cidasc e da vigilância sanitária intensificaram o controle sobre o movimento da fronteira para evitar riscos de contaminação do rebanho deste lado. Animais vivos e produtos derivados são bloqueados. O governo do Estado decidiu também abandonar a idéia de fazer nova vacinação da febre aftosa. A desistência ocorreu para não ameaçar a condição atual de zona livre da doença sem vacinação. O certificado está suspenso na Organização Internacional de Epizootias (OIE), mas há o reconhecimento do Ministério da Agricultura. Barreiras fixas estão instaladas nos municípios de Itapiranga, Paraíso e Dionísio Cerqueira no Extremo Oeste. Quatro equipes móveis também colaboram no trabalho de fiscalização, percorrendo as áreas de floresta da fronteira. Os técnicos vistoriam e pulverizam com produtos desinfectantes caminhões e outros veículos. O pedilúvio - tapete usado desinfecção de calçados - foi instalado nas áreas. O pedilúvio é uma esponja banhada com uma solução de iodo e detergente. O gerente regional de pecuária da Cidasc em São Miguel do Oeste, Rubi Segatto, garantiu que por enquanto nenhum produto proveniente de outros países foi apreendido na fronteira. As equipes têm recolhido produtos usados na alimentação dos caminhoneiros vindos da Argentina, como embutidos e até carne para consumo.
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