| 06/06/2003 09h37min
Depois de terem sido obrigados a deixar o país em decorrência da guerra, os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) desembarcam no Iraque nesta sexta, dia 6. Uma equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vai a Bagdá para realizar inspeções limitadas no depósito de material nuclear de Tuwaitha, ao sul da capital iraquiana.
O local foi alvo de saques no final da guerra. O diretor da AIEA, Mohammed el-Baradei, disse que a população vizinha pode ter sido atingida pela radiação.
Substâncias altamente radiativas eram mantidas em contêineres em Tuwaitha. Moradores da região têm usado esses recipientes para guardar alimentos e lavar roupas. Algumas pessoas já apresentaram problemas de saúde, como vômitos e sangramentos pelo nariz.
Os Estados Unidos, que ocupam o Iraque depois de terem derrubado o regime de Saddam Hussein, não devem deixar a equipe da AIEA investigar a fundo os casos de contaminação. Os sete inspetores serão acompanhados por soldados norte-americanos. A missão deve se restringir a tentar descobrir o quanto foi retirado do depósito e selar os recipientes remanescentes de maneira apropriada. Antes da guerra, a instalação possuía duas toneladas de urânio enriquecido e várias toneladas de urânio em estado natural.
Críticos da guerra e da atuação norte-americana pedem a volta dos inspetores da ONU ao Iraque, para comprovar se o país tinha ou não as armas de destruição em massa apresentadas por Washington como principal razão para a ofensiva militar. Como tais arsenais ainda não foram encontrados, os governo dos EUA e da Grã-Bretanha são acusados de haver maquiado informações dos serviços de inteligência para convencer suas populações e a comunidade internacional da necessidade de agir contra o regime de Saddam.
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