| 04/06/2003 11h01min
Promessas recíprocas pelo fim da onda de violência que perdurou no Oriente Médio por 32 meses. De um lado, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, garantindo remover imediatamente assentamentos judaicos na Cisjordânia. Do outro, o premiê palestino Mahmoud Abbas, assegurando que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) "vai empregar todos os seus esforços e implementar todos os seus meios para acabar com a militarização da Intifada". Esse foi o resultado na cúpula de paz promovida nesta quarta, dia 4, no balneário de Ácaba, na Jordânia, da qual o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, parcticipou como mediador:
– Os dois (lados) devem tomar medidas imediatas e tangíveis em direção à visão desses dois Estados – declarou Bush, no final do encontro, no qual afirmou estar comprometido com a segurança de Israel como Estado judaico e com a liberdade dos palestinos.
A formação dos tais dois Estados a que se refere o presidente norte-americano já tem o apoio do governo de Israel. Ariel Sharon aprovou uma das exigências do "mapa da paz", elaborado por EUA, Rússia, União Européia, e Organização das Nações Unidas (ONU):
– Israel, como outros, manifestou seu firme apoio à visão do presidente Bush, manifestada em discurso em 24 de junho de 2002, de dois Estados, Israel e o Estado palestino, vivendo um junto ao outro em paz e segurança.
Bush nomeou o secretário-assistente de Estado, John Wolf, para liderar a equipe para monitorar o progresso dos dois lados em direção ao fim dos 32 meses de violência na região. O objetivo da cúpula de Ácaba é reativar o processo de paz israelo-palestino, definindo as modalidades de aplicação do plano internacional de paz para o Oriente Médio, o qual prevê a criação de um Estado palestino até 2005.
O mapa da paz, apesar do sucesso evidente nas concessões de Israel e da ANP, deve enfrentar alguns obstáculos, até que a formação do Estado da Palestina seja concretizada. Pouco depois de a cúpula ter-se encerrado, o grupo extremista Hamas afirmou que não vai atender ao apelo feito pelo primeiro-ministro Abbas, e deixar suas armas de lado.
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