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Durante visita ao Iraque, nesta quinta, dia 29, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, passou por cima da controvérsia a respeito das justificativas para a guerra no Iraque e elogiou seus soldados, a quem chamou de heróis. A viagem foi a primeira visita do líder de um país ocidental ao território iraquiano depois dos conflitos.
Blair também fez advertências para o Irã e a Síria, aconselhando-os a não interferir nos assuntos do país árabe e a não dar apoio ao terrorismo.
– Sei que houve muitos desentendimentos no país (Grã-Bretanha) a respeito de minha decisão de ordenar a ação – disse Blair aos soldados reunidos em Basra, no sul do Iraque.
Os governos norte-americano e britânico apontaram como principal motivo para a necessidade de detonar a guerra o fato de que o Iraque produzia armas de destruição em massa. Apesar das intensas operações de busca realizadas até agora, antes e depois dos conflitos, nenhum armamento desse tipo foi encontrado.
— Mas posso garantir-lhes uma coisa. Não há dúvida na Grã-Bretanha a respeito de seu profissionalismo e de sua coragem – acrescentou o premiê a suas soldados.
No território britânico, porém, o assunto não foi esquecido tão facilmente. Nesta quinta, apareceram novas afirmações de que o Parlamento e a população do país foram ludibriados para apoiar os Estados Unidos na guerra ao serem convencidos de que o governo iraquiano, hoje deposto, produzia armas de destruição em massa.
Em declaração à rádio BBC, uma autoridade britânica disse que um dossiê elaborado pelos serviços de inteligência do país a respeito do assunto havia sido adulterado a pedido do gabinete de Blair. Acrescentou-se a informação de que as supostas armas poderiam estar prontas para serem usadas dentro de 45 minutos. O gabinete do premiê rechaçou a informação.
O premiê britâico visitou Basra e Umm Qasr, no sul do Iraque. Na segunda cidade, passou em revista as tropas britânicas e se reuniu com os dirigentes civis e militares da coalizão anglo-americana. Blair, vestido casualmente de calça jeans e camisa branca, reuniu-se com o administrador norte-americano no país, Paul Bremer, e com o enviado britânico, John Saweres.
Com informações da agência Reuters.
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