| 18/05/2003 14h44min
Um homem-bomba palestino matou pelo menos sete pessoas em um ônibus em Jerusalém neste domingo, dia 18, provocando o adiamento da viagem do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, a Washington, onde debateria o novo plano de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio.
Outro suicida detonou seu cinto de explosivos em uma barreira policial perto do ônibus atingido, mas não deixou feridos. Já são nove mortes na nova onda de violência iniciada horas depois das negociações de mais alto nível entre israelenses e palestinos em dois anos.
Sete pessoas morreram e cerca de 20 ficaram feridas quando o militante palestino disfarçado de judeu religioso entrou no ônibus na região de French Hill, em Jerusalém, e logo em seguida detonou os explosivos, disse Mickey Levy, chefe da polícia israelense.
Outro militante suicida atacara na noite desse sábado, dia 19, antes do encontro Sharon-Abbas, matando dois colonos judeus na Cisjordânia. Sharon planejou uma reunião de gabinete para as 12h (horário de Brasília) para decidir uma possível resposta aos ataques. Seus assessores responsabilizam o presidente palestino, Yasser Arafat, pelos atentados. Sharon adiou a viagem a Washington para debater o plano de paz com o presidente dos EUA, George W. Bush.
Líderes palestinos endossaram o "mapa da paz''. Sharon ainda não. Sua coalizão de direita é contra a concessão de soberania palestina em terras que Israel capturou na guerra de 1967.
O ministro da Informação palestino, Nabil Amr, condenou os ataques suicidas.
– Estamos sendo sérios na questão de adotar medidas para parar esses tipos de operações a fim de criar a atmosfera apropriada para retomar o processo político – disse.
Também no domingo, forças israelenses mataram um palestino de 18 anos no campo de refugiado de Khan Younis, em Gaza, e feriram outros três palestinos em conflitos com homens que atiravam pedras em Nablus, na Cisjordânia, disseram médicos.
As informações são da agência Reuters.
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