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Os norte-americanos já recuperaram 951 peças retiradas por saqueadores do Museu Nacional do Iraque, mas ainda não tiveram acesso aos cofres do Banco Central ou a lugares secretos, de conhecimento restrito aos funcionários do museu, que podem conter objetos de valor incalculável, disseram os investigadores nesta sexta, dia 16.
O coronel dos marines Matthew Bogdanos, chefe da equipe que busca as peças arqueológicas, não soube dizer com precisão quantos itens ainda estão desaparecidos por causa dos saques ocorridos nos dias que se seguiram à entrada das tropas anglo-americanas na cidade.
Ele disse que seus homens já recuperaram 951 peças. Algumas foram localizadas em várias partes do país, mas outras foram devolvidas pelos saqueadores com o compromisso de que não haveria punições. Entre os itens recuperados estão um dos mais antigos relevos em bronze conhecidos, uma jarra de porcelana do 6º milênio antes de Cristo e uma antiquíssima estátua suméria.
Das peças que continuam desaparecidas, a mais valiosa é a urna sagrada de Warka, uma peça suméria com a representação da deusa In-nin, datada de 3.000 a.C. e furtada do saguão do museu. Bogdanos disse que o museu não tinha um catálogo completo de seu acervo, e que os norte-americanos ainda não tiveram acesso a alguns locais onde as antiguidades podem estar guardadas.
– A maior parte do trabalho, que é localizar cada peça desaparecida, deve levar anos – afirmou Bogdanos, pedindo ajuda internacional para isso.
Além disso, segundo o coronel, seus homens não puderam ainda entrar em dois cofres subterrâneos do Banco Central onde os funcionários do museu dizem estar, há 13 anos, entre 15 e 20 caixas com 6.744 peças de ouro e joalheria, o que inclui o tesouro de Nimrod.
Os funcionários do museu só têm um inventário parcial dessas peças e, portanto, o verdadeiro conteúdo dos cofres só será conhecido quando eles foram abertos.
– Isso será feito no momento apropriado pela autoridade apropriada. Esta equipe não tem a autoridade para abrir cofres subterrâneos no Banco Central – disse Bogdanos, sem dar prazos para isso acontecer.
O militar disse que os funcionários do museu relataram a existência de um depósito secreto onde também haveria peças arqueológicas, mas se recusaram a revelar sua localização.
– Eles disseram que juraram pelo Corão que não diriam a localização do local secreto – disse Bogdanos.
Mas os funcionários prometeram, segundo o coronel, apresentar até o final desta semana uma lista completa dos itens guardados nesse local.
As informações são da agência Reuters.
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