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Haiti  | 10/02/2010 23h51min

Adoção de haitianos não é boa solução para o momento, diz Angelina Jolie

Estrela do cinema passou a noite na base militar brasileira em Porto Príncipe

Laura Schenkel  |  laura.schenkel@zerohora.com.br

Alguns militares brasileiros que integram o Batalhão Brasileiro (BraBat) no Haiti tiveram uma oportunidade ímpar em suas vidas esta semana: em meio à dura rotina do trabalho de auxílio às vítimas do terremoto, puderam ver de perto a musa do cinema Angelina Jolie.

Os militares ressaltaram que a atriz americana foi muito simpática e que, assim como os 1,3 mil militares brasileiros no Haiti, estava fazendo seu trabalho e que faz por merecer o cargo de embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Refugiados (Acnur).

A passagem da estrela pela base General Bacellar, no campo Charlie, em Porto Príncipe, foi rápida. Ela chegou na tarde de terça-feira ao local e foi embora cedo pela manhã desta quarta-feira.

A atriz participou de um jantar servido para 30 pessoas no refeitório do alojamento. Entre os convidados, estavam autoridades da ONU em Porto Príncipe e militares brasileiros de alta patente, entre eles o general Floriano Peixoto, comandante da força de paz da ONU no Haiti, e o coronel Ajax Porto Pinheiro, comandante do Batalhão Brasileiro no país caribenho. De acordo com o setor de comunicação social do Brabat, o cardápio incluiu diversos pratos de carne e saladas. Como sobremesa, foi servido uma mousse de chocolate.

Sem muito luxo, já que as condições do país não permitem, um quarto foi montado para o pernoite da americana nas instalações brasileiras - uma suíte com televisão. Ela se recolheu às 22h (1h pelo horário de Brasília) e, de manhã cedo, tomou café da manhã e partiu para dar prosseguimento à agenda no Haiti, que incluiu um encontro com o presidente haitiano, René Preval.

A atriz, que já adotou três crianças de diferentes países, afirmou que a adoção de haitianos não é uma boa solução para o momento, e recomendou fazer doações à organização Aldeias Infantis SOS e ao Unicef.

- Novas adoções não devem ser incentivadas como uma resposta imediata a essa situação de emergência. O Haiti teve muitos problemas de tráfico de pessoas antes do terremoto e agora nós devemos prestas muita atenção às crianças. Eu recomendo o apoio a grupos como o Aldeias Infantis SOS e a Unicef, que estão cuidando das crianças no país - afirmou, de acordo o jornal britânico Daily Mirror.

Acnur, divulgação  / 

Angelina conversa com um dos sobreviventes
Foto:  Acnur, divulgação


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