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Haiti  | 16/01/2010 20h45min

Veja a lista das vítimas brasileiras do terremoto no Haiti

O Exército confirmou a morte de 18 militares, dois deles gaúchos, e de quatro civis

Atualizada em 11/02/2010 às 23h50min

O Exército brasileiro confirmou o óbito de 22 brasileiros entre os mortos pelo terremoto de 7 graus da escala Richter que atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro.

Com exceção da missionária Zilda Arns, do Representante Especial Adjunto das Nações Unidas Luiz Carlos da Costa, de uma brasileira não-identificada com dupla cidadania e do policial militar do Distrito Federal (DF) Cleiton Batista Neiva, todos eram militares em missão no país.

Dois deles eram gaúchos — o 3º sargento Douglas Pedrotti Neckel e o capitão Bruno Ribeiro Mario.

No dia 21 de janeiro de 2010, durante cerimônia fúnebre em homenagem aos militares brasileiros mortos no Haiti, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma promoção post morten a todos os oficiais. As famílias receberão as pensões de acordo com a nova patente dos militares.

Soldado Tiago Anaya Detimermani
(Cabo post morten)

Morador de Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, o soldado Tiago Anaya Detimermani, 23 anos, no Haiti desde julho, preparava-se para retornar ao Brasil no sábado, dia 15. Quando aconteceu o terremoto, Detimermani concluía seu último dia de trabalho na missão de paz capitaneada pelo Brasil. Após ser retirado com vida dos escombros, o soldado seria levado para um hospital nos EUA, mas não resistiu aos ferimentos. Detimerman estava lotado no 5º Batalhão Infantaria Leve de Lorena (SP).


Primeiro-tenente Bruno Ribeiro Mário
(Capitão post morten)

Nascido em São Gabriel, Bruno completaria neste fim de semana seis meses na missão de paz no país caribenho e estava programado para voltar ao Brasil no sábado posterior aos abalos. A família o esperava a tempo de comemorar seu aniverário em Santa Maria. De acordo com o tio de Bruno, Arnaldo Antônio Mário, o jovem, que faria 27 anos no dia 8 de fevereiro, fez o último contato com a família na segunda-feira. Bruno, os pais e a irmã conversavam diariamente pela internet. O rapaz estudou no Colégio Militar de Santa Maria e, há quatro anos, servia em São Paulo.


Segundo-sargento Davi Ramos de Lima
(Subtenente post morten)

Pernambucano de nascimento, o segundo-sargento Davi Ramos de Lima morou desde a infância em João Pessoa, na Paraíba. Conforme familiares, ele deveria ter retornado ao Brasil no dia 4, o que não ocorreu devido a problemas burocráticos. Após seis meses no Haiti, ele retornaria ao Brasil no sábado posterior aos abalos. Há 15 anos no Exército, Lima era casado e deixa três filhos: um com 14 anos, outro com sete anos e outro com quatro meses, todos residentes em Lorena, São Paulo.


Cabo Douglas Pedrotti Neckel
(Terceiro-sargento post morten)

Natural de Cruz Alta, o gaúcho de 23 anos era o aluno 01 da turma de cabos e foi considerado o melhor praça do 5º Batalhão Infantaria Leve de Lorena (SP) em 2008. Radicado com a família no interior de São Paulo há 14 anos, sempre sonhou em servir o Exército e chegou a trancar o curso de Adminstração na Faculdade São Joaquim quando surgiu a oportunidade de embarcar para o Haiti. De malas prontas, voltaria no sábado posterior aos abalos.

Cabo Washington Luis de Souza Seraphin
(Terceiro-sargento post morten)

Com 23 anos e no Haiti desde junho passado, o militar tinha a volta prevista para a sexta-feira posterior aos abalos. Ao retornar, ele pretendia retomar a faculdade de Biologia, que havia trancado para integrar a missão de paz e casar com Najara Alves de Abreu, 23 anos, com quem namorava havia sete anos.

Subtenente Raniel Batista de Camargo
(Segundo-tenente post morten)

O subtenente Camargo, 42 anos, conversou com a filha horas antes de morrer no terremoto que arrasou o Haiti. Pelo skype, ele cumprimentou Giovana, que completava seis anos na terça-feira. Ele deverá ser sepultado em Pato de Minas (MG). No Exército há 21 ano, o militar ingressou na escola de sargentos, em Três Corações, em Minas Gerais. Depois que se formou passou por Brasília (DF), Assis Brasil (AC), Natal (RN) e Botucatu (SP).

Soldado Antônio José Anacleto
(Cabo post morten)

De acordo com Sônia Mara Anacleto, irmã de Anacleto, a família preparava uma grande festa para comemorar a chegada do militar, prevista para o final de semana posterior aos abalos. Solteiro e fanático por futebol, o corintiano Anacleto era o mais novo de quatro irmãos. Vivia com eles e o pai em uma casa humilde do bairro CDHU, na periferia de Cachoeira Paulista (SP). Estava havia cerca de sete anos no Exército.

Coronel João Eliseu Souza Zanin
(General de Brigada post morten)
 

O coronel dedicou 30 anos ao Exército brasileiro. Partiu para o Haiti na segunda-feira anterior aos tremores. Na terça-feira, algumas horas antes do terremoto que abalou o país, ligou para casa. Depois disso, a família não soube mais notícias. A família é de Campinas e já morou em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, devido às constantes transferências do coronel. Em 2003 e 2004, o coronel atuou em Santa Maria. Atualmente ele morava em Brasília.

Soldado Felipe Gonçalves Julio
(Cabo post morten)

Natural de Lorena (SP), o soldado Felipe era casado, tinha 22 anos e servia no 5º Batalhão de sua cidade. Em seu perfil no Orkut, cita como cidade natal Lorena/Haiti/Porto Príncipe e mostra sua paixão por carros, especialmente seu Corsa. Em suas comunidades no site, revelava o desejo de participar do Big Brother Brasil, era fã de praia e da banda NX Zero e demonstrava orgulho por fazer parte do Exército.

Major Márcio Guimarães Martins
(Tenente-coronel post morten)


Servia no Gabinete do Comandante do Exército e se encontrava desempenhando a função de Oficial de Estado-Maior do Batalhão de Infantaria de Força de Paz do Haiti (BRABATT), no 12º contingente brasileiro da missão.

Tenente-coronel Marcus Vinícius Macedo Cysneiros
(Coronel post morten)


Servia no Gabinete do Comandante do Exército. Se encontrava desempenhando as funções de Observador Militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

Coronel Emílio Torres dos Santos
(General de Brigada post morten)

O coronel do gabinete do Comandante do Exército em Brasília estava no Haiti desde maio passado. Paraquedista, o coronel foi comandante do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, unidade de elite do Exército. Carioca, deixou mulher e duas filhas. Em março do ano passado, foi condecorado com a Ordem do Mérito Militar.

— Ele vai fazer muita falta, era uma ótima pessoa — disse Marcelo Ricardo, zelador do prédio onde o coronel vivia em Brasília.

Segundo-sargento Leonardo de Castro Carvalho
(Primeiro-sargento post morten)
 

Nascido em São João del Rey (MG), o segundo-sargento Leonardo tinha 29 anos e morava em Lorena (SP), onde servia no 5º Batalhão de Infantaria Leve. Estava no Haiti havia seis meses e retornaria ao Brasil no fim do mês.

Cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior
(Terceiro-sargento post morten)
 

Cabo do Exército, natural de São Vicente (SP), servia no 2º Batalhão de Infantaria Leve de São Vicente, antes de seguir para o Haiti, em 2004. Preparava-se para voltar ao Brasil no dia 24 de janeiro. Tinha 23 anos e teria se apresentado como voluntário para ir ao Haiti. Solteiro, seu sonho era seguir carreira no Exército.

Soldado Kleber da Silva Santos
(Cabo post morten)
 

Natural de São Vicente, o soldado servia no 2º Batalhão de Infantaria Leve. Tinha 22 anos, era solteiro, e estava no Haiti desde seus 18 anos, em 2006. Voltaria para o litoral paulista no dia 24 deste mês. Também será homenageado hoje, às 11h, em missa a ser realizada na capela do 2º Batalhão, em São Vicente.

Terceiro-sargento Rodrigo de Souza Lima
(Segundo-sargento post morten)
 

Natural de Barra do Piraí (RJ), o terceiro-sargento Rodrigo tinha 24 anos e servia no 5º Batalhão de Infantaria Leve, em Lorena (SP). Era esperado pela namorada e pelos amigos, que estavam organizando uma festa para a sua chegada.

Soldado Rodrigo Augusto da Silva
(Cabo post morten)
 

O soldado deixou a cidade natal, Cachoeira Paulista (SP), para servir a 18 quilômetros dali, em Lorena. Aos 24 anos, era solteiro e seria recebido no sábado posterior aos abalos com um churrasco que os amigos estavam organizando.

Major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho
(Tenente-coronel post morten)


O  major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho era observador militar da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah).

Zilda Arns

A mais popular entre as vítimas brasileiras é a pediatra e sanitarista Zilda Arns, 75 anos. Fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança — e também da Pastoral da Pessoa Idosa —, a catarinense era conhecida por iniciativas solidárias no Brasil e em comunidades pobres pelo mundo. Estava no Haiti para participar de encontro com religiosos. Representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Zilda era irmã do arcebispo emérito de São Paulo, Paulo Evaristo Arns.


Luiz Carlos da Costa

Luiz Carlos era o mais alto funcionário civil da Organização das Nações Unidas brasileiro no Haiti. O Representante Especial Adjunto das ONU era responsável por coordenar as atribuições civis da missão de paz do órgão no país: a Minustah, que ajudava na segurança, no desenvolvimento da polícia local, no desarmamento e desmobilização de rebeldes, além da organização de eleições haitianas. O brasileiro, de 60 anos, servia a ONU há 40 anos e participou de missões na Libéria e Kosovo.

Cleiton Batista Neiva

O tenente da Polícia Militar do Distrito Federal Cleiton Batista Neiva estava no Haiti desde 2007. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, ele prestava serviços à ONU. Seu corpo foi encontrado em meio aos escombros por um amigo no dia 22 de janeiro, dez dias depois dos tremores.

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