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Haiti  | 13/01/2010 15h49min

Embaixador pede que países enviem bombeiros ao Haiti

“Mais importante do que a ajuda financeira é a intervenção humanitária”, diz o diplomata

O embaixador do Haiti no Brasil, Idalbert Pierre-Jean, disse hoje que “mais importante do que a ajuda financeira é a intervenção humanitária”, e solicitou o envio de bombeiros para ajudar a retirar os corpos dos escombros, nas cidades atingidas pelo terremoto ocorrido ontem.

“O que precisamos, neste primeiro momento após a tragédia, é da ajuda dos Corpos de Bombeiros de outros países. Além disso precisamos de ajuda sanitária e alimentar, medicamentos, vacinas e equipamentos pesados, como guindastes, tratores e escavadeiras, porque as cidades estão completamente destruídas”, disse o embaixador durante coletiva de imprensa.

Segundo ele, nenhum contato oficial foi feito entre a embaixada e as autoridades haitianas. “É praticamente impossível entrar em contato com eles. Das cinco companhias de telefonia celular, apenas uma funciona, mas muito mal. Alguns de nossos funcionários conseguiram falar com seus familiares, mas nenhum contato oficial pôde ser estabelecido”, disse o embaixador.

Pierre-Jean disse que, desde ontem à noite, tem mantido contato permanente com as autoridades brasileiras e, em especial, com o gabinete do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e com a Presidência da República, para definir em que medidas o Brasil pode intervir para ajudar a nação haitiana. “No entanto, ainda não temos uma estimativa completa das autoridades locais sobre o que será necessário.” O governo brasileiro já anunciou que ajudará financeiramente o Haiti.

“O terremoto afetou também cidades da região metropolitana próximas a Porto Príncipe, como as cidades de Carrefour e Pattonville, além de Jacmel e Jeremie, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas”, informou.

O embaixador disse que ainda não é possível fazer estimativas confiáveis relativas ao número de vítimas ou ao prejuízo causado. “Mas podemos afirmar que o desastre é muito mais grave do que se pode imaginar, tanto em termos materiais como humanos”.

Até mesmo ministérios e o palácio de governo desmoronaram. “A sorte é que a tragédia ocorreu às 17 horas [local], hora em que as pessoas costumam estar a caminho de suas casas”, disse. “Se fosse à noite, o número de vítimas certamente seria muito maior”, acrescentou Pierre-Jean.

O embaixador relatou ainda temer que a situação acabe incentivando ondas de assalto e violência no país. “Sabemos que não só no Haiti, mas em qualquer país, há delinquentes que se aproveitam de situações infelizes para tentar se dar bem, inclusive roubando ajudas humanitárias”.

"Sentimos o tremor por uns 20 segundos", relata leitor. Você está na região? Mande seu relato 


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Editoria de arte 

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