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Haiti  | 13/01/2010 13h58min

Pastoral da Criança lamenta morte de fundadora em site

Zilda Arns morreu em decorrência dos tremores no Haiti

Atualizada às 21h57min

O site da Pastoral da Criança publicou por volta do meio dia uma nota de pesar pela morte de sua fundadora, a médica Zilda Arns, no terremoto ocorrido ontem no Haiti. Segundo o Ivo Rodrigues, do departamento de comunicação da instituição, sediada em Curitiba, os funcionários e colaboradores estão profundamente chocados com o ocorrido.

— Não dá para acreditar. Fomos pegos de surpresa — lamenta. Zilda vivia há mais de cinco décadas na capital paranaense, que decretou nesta manhã luto oficial de três dias.

A Pastoral foi fundada em 1982 na cidade. A nota da organização é assinada pela Coordenação Nacional da Pastoral da Criança e além de informar o falecimento relata que ela estava missão humanitária no Haiti, para participar da Conferência dos Religiosos e também para motivar os líderes e voluntários da pastoral no país que trabalham com crianças, gestantes e famílias.

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Em infográfico, entenda o que aconteceu no país caribenho



Segundo o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o presidente Lula ficou chocado com a morte de Zilda, de 73 anos, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa. No final da manhã, o ministro interino da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Rogério Sottili, informou haver relatos de que mais de 17 brasileiros estariam mortos no terremoto.

A tragédia afetou cerca de 3,5 milhões dos 10 milhões de habitantes do país. O Itamaraty informou que há 1.310 brasileiros no Haiti. Segundo o Ministério da Defesa, há 1.266 militares brasileiros no país. O governo brasileiro enviará até amanhã dois aviões C-130 Hércules com 14 toneladas de alimento e água para o Haiti. As aeronaves transportarão presunto, sardinha, açúcar cristal e água. Os aviões sairão da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Paralelamente serão encaminhados mais US$ 10 milhões em ajuda.

Pelo menos 80% da população do Haiti vive abaixo da linha da pobreza. A concentração populacional é na capital Porto Príncipe que sofre constantes ataques urbanos em decorrência de uma elevada violência provocada pela ação de gangues. Desde de 2004, forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) atuam no país. O Brasil foi o responsável pela organização das forças de paz no Haiti. O objetivo é colaborar na reconstrução física e institucional haitiana com apoio nas áreas de segurança, de engenharia e saúde.

A ocorrência de terremotos no país é frequente. O terremoto ocorrido ontem com 7.3 de magnitude na escala Richter atingiu o país a aproximadamente 22 quilômetros da capital Porto Príncipe. Houve vários outros tremores com magnitude em torno de 5.9 graus.

Os tremores destruíram boa parte do país — do palácio presidencial a escolas, um hospital inteiro no centro de Porto Príncipe, casas e edifícios públicos. Estradas e o aeroporto da capital haitiana também sofreram abalos. A embaixada brasileira sofreu apenas rachaduras. Segundo especialistas, várias construções no país vizinho são construída sem observação técnica.

Agência Estado
 
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