Haiti | 13/01/2010 07h16min
O terremoto que atingiu o Haiti na tarde de terça-feira levou a capital, Porto Príncipe, abaixo e causou pânico entre a população. De acordo com o Comando Militar gaúcho, há cerca de 1,2 mil gaúchos na missão de paz no país. Um deles, o capitão da Brigada Militar Ricardo Freitas, entrou em contato com a mulher, Jaqueline Silva, por volta da meia-noite.
— Conversei rapidamente com meu marido. Ele disse que estava bem. Ligou para me tranquilizar — disse Jaqueline, que está grávida de cinco meses, à Rádio Gaúcha.
Freitas está em uma cidade entre Cap-äitien e Gonaïves, a 200 metros da capital, desde agosto de 2008. Ele e outros PMs aguardam orientações do comando de Porto Príncipe para saberem como proceder nas próximas horas.
— Ele disse que a cidade em que está não foi atingida, mas que as linhas telefônicas sofreram interrupções. Todas as informações que recebeu vieram pela rede CNN de notícias.
No final da noite de ontem, o
capitão postou no blog do primeiro-tenente da
Polícia Militar da Brigada Militar Sérgio Carrera um breve relato sobre o terremoto que atingiu o Haiti. De acordo com o blog, somente por volta da 0h05min de hoje (pelo horário de Brasília) os ramais da ONU voltaram a funcionar e os sistemas de comunicação do Haiti também, rompendo um pouco o isolamento do país caribenho. De acordo com o oficial da Brigada, não há notícias de baixas entre funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ainda segundo o blog, Ricardo Freitas coordena e articula planos de segurança e evacuação com as autoridades da região de Gonaïves, com possibilidade de seguir para Porto Príncipe para dar apoio às operações de socorro na capital do país. Ele será um dos brasileiros a prestar ajuda — ontem à noite, o governo orientava os militares a dar suporte à população local.
No relato postado na internet, Freitas contou que podia ver, na madrugada de hoje, helicópteros da ONU sobrevoando Gonaïves a fim de localizar sobreviventes em áreas de
difícil acesso e de
estruturas desmoronadas.
Entenda como ocorrem os terremotos:
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