| 28/12/2009 07h04min
Desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – prorrogadas para veículos, linha branca e construção civil – representarão R$ 1,2 bilhão a menos nos cofres do governo federal. O cálculo não leva em conta o benefício para o setor de móveis.
A indústria automobilística já prevê vendas maiores para 2010, com a produção chegando a 3,2 milhões de unidades, segundo estimativa da Anfavea. Neste ano, devem ser fabricados um recorde de 3,1 milhão de veículos.
O presidente da entidade, Jackson Schneider, afirmou que a desoneração evitou mais demissões no segmento, que repassou todo o benefício aos consumidores.
O ramo foi o que mais recebeu incentivo: R$ 3,3 bilhões – 60% do total. Um dos motivos é que ele contribui com a maior parcela de IPI entre todos os setores.
Na avaliação de Lourival Quiçula, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), a indústria automobilística tem mais facilidade de repassar o benefício fiscal para os preços. No caso da linha branca, não há exclusividade na revenda, e o varejista pratica os preços que quiser.
Para Claudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, o setor foi o único em que a redução do IPI não incidiu sobre os produtos em estoque – cujas notas fiscais foram devolvidas e faturadas novamente com os preços menores, sem o tributo, no caso de eletrodomésticos de linha branca e veículos.
Sem essa possibilidade, observou Conz, os preços no varejo da construção caíram bem mais lentamente.
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