| 19/12/2009 11h28min
Técnicos do Ministério da Agricultura estão empenhados em conseguir um orçamento de R$ 5,2 bilhões para a venda da safra, subvenções, formação de estoques e instrumentos de ajuda aos negócios, como escoamento de alimentos. Neste ano, os recursos reservados para esse fim pelo Ministério da Agricultura chegaram a R$ 4,09 bilhões, valor recorde desde 1990.
Mesmo sabendo que as receitas estão mais apertadas, o esforço tem se mantido porque há o temor de que a necessidade de intervenção, como ocorreu este ano por conta dos impactos da crise financeira internacional, volte ocorrer. O ministro Reinhold Stephanes admitiu se tratar de uma preocupação, pois a expectativa é de que o próximo ano apresente menos problemas do que em 2009.
Da verba total destinada à comercialização, R$ 3,4 bilhões já foram gastos até novembro, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Quando é reservado, o dinheiro fica restrito à venda, que, no caso atual, representa 15,5 milhões de toneladas de produtos.
Apesar de o recorde mais recente ter sido batido – há três anos, o governo repassou R$ 2,2 bilhões para os agricultores – a marca de maior quantidade de produtos que receberam apoio governamental mantém-se em 2006. Na ocasião, foram comercializados 21,7 milhões de toneladas de alimentos.
Este ano, os produtores de milho foram os maiores beneficiados. A eles foi destinado R$ 1,5 bilhão da Agricultura ou 37,5% do valor total.
A quantia separada para auxiliar a comercialização agrícola só este ano representa um quarto do total acumulado nos últimos sete anos, de R$ 12,2 bilhões. Nesse período, 63,8 milhões de toneladas de produtos receberam algum tipo de ajuda.
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