| 17/12/2009 19h14min
Apesar de a demanda se manter em alta, a oferta de cafés especiais pode cair em 2010. A previsão foi feita nesta quinta, dia 17, em São Paulo, por especialistas do setor, durante a cerimônia de premiação dos melhores cafés especiais do Estado na safra 2009.
A safra paulista de café deve fechar em 3,7 milhões de sacas este ano, 700 mil a menos que na anterior. Foi um ano de safra menor do grão. Por características próprias da cultura, a cada dois anos a quantidade colhida reduz. Além disso, o excesso de chuvas durante a colheita, na principal região produtora, comprometeu ainda mais a produção.
Segundo especialistas do setor, os efeitos da chuva não devem parar por aí. Nem os cafés especiais vão ficar de fora. De acordo com o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio, em 2010, a quantidade pode ser ainda menor em função da baixa rentabilidade dos produtores.
Eduardo Carvalhaes coordena o concurso. Os premiados de 2009 foram expostos em um evento que reuniu autoridades e lideranças da cafeicultura, no Palácio do Governo, na capital paulista. Treze marcas beneficiaram os lotes vencedores. Os produtos vão ser vendidos com este selo de identificação. Além das empresas, quem produziu o café de alta qualidade foi premiado. O primeiro lugar ficou com o produtor Ricardo Weurkert, que tem uma fazenda em Amparo, interior paulista.
Os cafés que participaram evento passaram por um longo processo de seleção. Foram 14 concursos regionais para escolher os 10 melhores lotes de café do Estado de São Paulo na safra 2009.
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