A queda na rentabilidade da pecuária de corte causou perdas também no setor de confinamento de gado. Para a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), a atividade deixou de compensar por causa dos baixos preços do boi gordo.

No início deste ano, a expectativa era de que o confinamento de gado cresceria quase 6%, mas não foi o que aconteceu. Em todo o Brasil, quase 2,3 milhões de cabeças foram confinadas, 400 mil a menos que em 2008. Só entre os integrantes da Assocon, a queda foi de 20%, de 498 mil para 374 mil animais. muitos pecuaristas deixaram de confinar porque, segundo a associação, estavam pagando para trabalhar.

Um exemplo é Mato Grosso do Sul, onde os confinadores estão comprando o boi magro por R$ 3 o quilo e na hora de vender o boi gordo, recebem cerca de R$ 2,30, uma situação vivida durante quase o ano todo. Além disso, a perda de espaço no mercado europeu e o dólar baixo ajudaram a comprometer os resultados.

Com renda menor, os confinadores reduziram custos, comprando menos ração e suplementos, por exemplo. Tal situação acabou refletindo no mercado de nutrição animal. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), o setor registrou uma queda de 0,5% na produção.