| 08/12/2009 07h40min
Produto diferenciado, a carne de ovelha vem ganhando cada vez mais consumidores e a demanda tem sido contínua, inclusive em Rondônia. De acordo com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri), de 2003 até 2009, a criação de ovinos no Estado subiu de 63 mil para 128 mil cabeças. Incentivos a ovinocultura vem sendo contínuos, e hoje o rebanho do animal está distribuído em cerca de 4,5 mil pequenas propriedades em toda a região.
A coordenadora Sandra Régia de Paula Carvalho, do setor de Ovinocultura da Seagri, acredita que o produtor precisa se preparar para atender as exigentes expectativas do consumidor, ou seja, obter um produto de qualidade e com baixo teor de gordura. E para a obtenção dessa carne de alto padrão, cuidados com a nutrição do animal são fatores essenciais.
– É fundamental oferecer uma alimentação adequada para o animal, incluindo sais minerais, além de praticar a vermifugação periódica – destaca a
especialista.
Carvalho, que em 2008 publicou um relatório que diagnostica a situação da ovinocultura em Rondônia, afirma que o setor representa o segundo maior rebanho da região Norte do Brasil. E afirma que, apesar de dificuldades por causa dos preços altos na comercialização, 75% dos produtores entrevistados demonstraram interesse em expandir suas criações de ovinos.
O zootecnista Jobel Beserra, gerente da área de pecuária da Seagri de Rondônia, chama a atenção para o fato de que no Brasil, até hoje, grande parte dos animais em comercialização não são ideais para o consumo. Ele explica que animais acima de um ano de idade, por exemplo, já não apresentam uma carne macia.
– Nosso grande desafio é produzir animais precoces com carne de alta qualidade e escala de produção para o ano todo. Mercado para absorver essa produção o Brasil tem” - ele garante.
De acordo com a Embrapa e com dados do IBGE, de 1975 a 2003, houve um forte incremento no
número total de cabeças de ovinos em
todo país. A região Centro Oeste foi a que apresentou a maior taxa de crescimento de 455%, seguida da região Norte, que cresceu 353%. Nas regiões Sudeste e Nordeste os índices aumentaram 88% e 47%, respectivamente. Já na região Sul foi observado uma queda de 61%.
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