O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que a mudança climática é “o tema do momento”. No dia em que começa a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), ele avaliou que o Brasil está “em boa situação” por ter apresentado voluntariamente uma proposta de redução de emissão de gases de efeito estufa.
Até o próximo dia 18, negociadores de mais de 190 países vão buscar um consenso sobre o novo acordo climático para complementar o Protocolo de Quioto depois de 2012. Além de governos, participam do evento representantes de organizações não governamentais, observadores internacionais e ativistas de todo o mundo.
Em seu programa semanal Café com o Presidente, Lula lembrou que o assunto foi discutido durante toda a semana em suas visitas a Portugal, à Ucrânia e Alemanha. Ele voltou a afirmar que a decisão brasileira de reduzir entre 26,1% e 18,9% as emissões até 2020 abriram caminho para que países como os Estados Unidos e a China também apresentassem propostas.
— Achamos que os países vão se colocar de acordo porque é preciso ter um número para diminuir as emissões, é preciso ter financiamento para o sequestro de carbono, e, sobretudo, é preciso ter
financiamento para que a gente ajude os países pobres a
terem um desenvolvimento sustentável, mas sólido. Temos que tomar uma decisão agora e começar a trabalhar para diminuir o aquecimento global — disse.
Depois de visitar Portugal, a Ucrânia e Alemanha na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os países terão que mudar suas matrizes energéticas e que o novo combustível "já tem endereço", referindo-se ao etanol e ao biodiesel brasileiro.
Ele lembrou que, na Ucrânia, participou de reunião com empresários e que o mesmo ocorreu na Alemanha — onde o destaque foi a discussão sobre biocombustíveis.
Lula afirmou que a União Europeia se comprometeu a fazer com que todos os automóveis utilizem 10% de etanol na gasolina até 2020 e que, para isso, vai precisar comprar o produto.
— A Alemanha, embora produza biodiesel, não pode continuar produzindo do alimento. É melhor que a gente procure outra oleaginosa que não seja alimento e o Brasil é o país que oferece grandes
oportunidades — acrescentou.
AGÊNCIA BRASIL