| 29/11/2009 17h11min
Uma comitiva de ministros anunciou neste fim-de-semana uma série de recursos para ajudar as vítimas das enchentes no sul do país. O governo calcula que os danos econômicos deixados pelos temporais do mês de novembro ultrapassem R$ 1 bilhão no Rio Grande do Sul.
De helicóptero, o grupo sobrevoou algumas das áreas mais atingidas pelas cheias no Estado. O governo prometeu liberar, em caráter emergencial, R$ 162 milhões em recursos para as vítimas da enchente. Segundo o Ministério das Cidades, foram liberados R$ 100 milhões para ações de defesa civil, R$ 50 milhões para a saúde e R$ 12 milhões para a educação.
De acordo com o Ministério das Cidades, as ações na área de habitação e saneamento só podem ser realizadas depois que as águas baixarem. Somente quando isso ocorrer será possível levantar as necessidades de intervenção. De acordo com o ministério, neste ano, municípios do Rio Grande do Sul foram selecionados para receber R$ 395 milhões em obras de drenagem e o Programa de Aceleração de Crescimento de Saneamento no estado aprovou projetos de R$ 2,085 bilhões para a o período de 2007 a 2010.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério das Cidades, cinco mil pessoas estão desabrigadas e mais de 16 mil desalojadas. O volume de chuva ultrapassou 600 mm no mês de novembro, o que representa quase seis vezes a média mensal, de 112 mm. No total, 81 municípios decretaram situação de emergência.
A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, garantiu um plano de aquisição de alimentos para regular os preços dos produtos agrícolas.
– Nós temos uma política de compra que vai ter que ser acertada bilateralmente entre eles e o governo estadual, uma política de compra que usa o PPA, do Ministério do Desenvolvimento Social, que é o plano de aquisição de alimentos e as aquisições do governo federal. Essas duas coisas podem equilibrar a compra de alimentos aqui. Nós fizemos isso em Santa Catarina e vamos fazer aqui. Tanto feijão, trigo, leite e o que for necessário, se tiver quebra ou tiver indício de derrocada de preços, a gente segura o preço.
De acordo com ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, um seguro vai cobrir os prejuízos de 31,5 mil famílias atingidas. Juntas, elas teriam de pagar R$ 175 milhões em recursos do Pronaf.
– Desses R$175 milhões, o seguro vai cobrir integralmente R$ 150 milhões, ou seja, R$ 150 milhões que teriam que pagar aos bancos não irão pagar. O agricultor não vai pagar nenhum tostão e os outros R$ 25 milhões, ele vai poder prorrogar pro final dos contratos, que são os custeios de investimentos.
O governo ainda vai utilizar recursos do Programa Mais Alimentos para que os produtores rurais possam recuperar as propriedades. Cada família poderá acessar até R$ 100 mil com juros de 2%o ao ano, três anos de carência e 10 anos para pagar.
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