| 26/11/2009 22h08min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o da França, Nicolas Sarkozy, manifestaram hoje seu otimismo sobre os resultados da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Copenhague, especialmente depois que Estados Unidos e China anunciaram suas metas de redução de emissões de gases estufa.
– Há uma semana não havia números dos EUA nem da China. Hoje já há. Há uma semana parecia que a cúpula de Copenhague seria um fracasso e hoje já se pode esperar outra coisa – afirmou Lula, em entrevista coletiva no final de um encontro em que os países amazônicos definiram uma posição conjunta frente à cúpula.
– Copenhague será um momento histórico e de muita importância para que a humanidade discuta os problemas causados pela própria humanidade – acrescentou Lula, que convocou a reunião com os países amazônicos, em Manaus.
O governo americano anunciou na quarta-feira que levará à conferência o compromisso de reduzir as emissões de gases
poluentes em 17% até 2020, frente aos
níveis de 2005, e que o presidente Barack Obama assistirá à reunião.
Apesar de elogiar a decisão dos EUA de anunciarem um compromisso, Lula, em entrevista à Agência Efe, qualificou como insuficiente a proposta apresentada por Obama.
– Acho que a proposta do presidente Obama talvez seja o máximo que ele pode fazer em função das circunstâncias políticas internas, mas está muito abaixo daquilo que é responsabilidade histórica e papel dos EUA no mundo globalizado, como está muito abaixo da proposta dos países desenvolvidos da Europa – disse Lula.
O presidente acrescentou que a decisão dos dois países que mais emitem gases estufa de anunciar compromissos antes de Copenhague permite um maior otimismo sobre o encontro e possibilita uma viagem para a Dinamarca com a "convicção" de que se está fazendo "a mais importante articulação já feita pelo assunto do clima".
– Compartilho a declaração de Lula sobre o otimismo pelos anúncios de EUA
e China. São alentos que espero que façam de
Copenhague um êxito – disse Sarkozy, na coletiva.
O presidente francês disse ainda louvar a "coragem" de Obama por sua decisão de ir ao encontro e pediu a todos os líderes de Estado que assistam à Cúpula de Copenhague, que começa no dia 7 de dezembro.
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