| 18/11/2009 10h45min
O projeto-piloto para a instalação de uma usina produtora de biodiesel destinado ao uso e consumo de agricultores familiares deverá se transformar em realidade na metade do próximo ano, marcando o início do programa Paraná Bioenergia. O governador do Estado Roberto Requião lançou formalmente, durante a Escola de Governo dessa terça, dia 17, o edital de licitação da Copel, em regime de concorrência pública, para a aquisição das máquinas e equipamentos que integrarão a planta de produção de biodiesel a ser instalada em São Jorge do Oeste, no sudoeste do Paraná.
– A partida está dada e tenho certeza que o projeto será um sucesso – afirmou Requião.
O preço máximo global, estabelecido pela Copel para a licitação, na modalidade "técnica e preço", é de R$ 2,475 milhões. As propostas recebidas serão abertas em 8 de janeiro, com previsão que a unidade esteja em funcionamento "a partir de junho ou julho de 2010", conforme adiantou Luiz Antonio Rossafa, diretor de engenharia da Companhia e seu presidente em exercício.
A instalação de usinas de biodiesel capazes de atender às necessidades de pequenos produtores rurais da agricultura familiar é uma ideia do governador Requião, como forma de permitir acesso a um combustível natural e com baixo custo e, adicionalmente, renda à sua atividade. Ele encarregou a Copel e a Secretaria da Agricultura e Abastecimento de estruturarem um projeto que se mostrasse viável e sustentável, de forma a poder ser multiplicado por outras regiões.
– O grande diferencial desse estudo é evitar o passeio do biodiesel e o repasse desses custos aos pequenos produtores. Levamos em consideração que a usina de biodiesel deve funcionar em sistema de circuito fechado, atendendo com economicidade uma coletividade situada num raio de até 50 quilômetros – resumiu o secretário da Agricultura do Paraná, Valter Bianchini.
Dentro desse projeto de pesquisa, a Copel estruturou uma usina-piloto com capacidade de produzir cinco mil litros diários de óleo combustível vegetal (o biodiesel), utilizando a soja como matéria-prima, mas não impedindo o uso de outras espécies de oleaginosas. Nesse estudo, também foi considerado o aproveitamento dos subprodutos obtidos no processo de produção do biocombustível na própria atividade, que na região de São Jorge do Oeste inclui a criação de aves, suínos e a produção de leite e derivados.
– O projeto é ancorado em cooperativas de agricultores familiares com apoio decisivo da prefeitura, mas só se tornou definitivamente viável com o Decreto 5.595, assinado pelo governador Requião em outubro, que concede benefícios fiscais às operações realizadas no âmbito do projeto. Pode-se dizer que este é o produto mais nobre gerado por esse esforço destinado a tornar viável a instalação dessa usina piloto de biodiesel – detalhou o diretor de engenharia da Copel, Luiz Antonio Rossafa.
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