| 03/11/2009 11h32min
Quarta geração da família no campo, Claudia Tosta Junqueira aprendeu cedo a gostar de gado.
– Quando era criança já tinha certeza que seria fazendeira – afirmou em entrevista ao Canal Rural.
Hoje, a empresária e criadora de gado Nelore PO acompanha de perto o manejo desenvolvido em oito fazendas espalhadas pelo país. Desde que assumiu os negócios, o patrimônio familiar cresceu quase 300%.
Com olho clínico, profissionalismo e tino para os negócios, Claudinha Junqueira – como é carinhosamente chamada entre os neloristas - tem sido responsável por alguns dos acontecimentos mais importantes da pecuária de elite. Atingiu confiabilidade diferenciada, graças ao que produz e seleciona, porque faz questão de manter o melhoramento genético fiel aos princípios naturais da seleção de Zebu.
– Aposto nas características de rusticidade e habilidade materna das minhas fêmeas – explicou.
Nesse sábado, dia 31 de outubro, a criadora mostrou que a evolução do rebanho CTJ é uma realidade. Amigos e clientes de todo o território nacional marcaram presença na 8ª edição do tradicional Leilão Matrizes e Prenhezes, na Fazenda Água Fria, em Guará – distante 400km da capital São Paulo. Em pista, 25 lotes submetidos a um caprichado processo de seleção, FIV e TE, movimentaram a cifra de R$ 1,8 milhão, com média geral de R$ 73 mil.
Primeiro clone ofertado após a regulamentação é avaliado em quase R$ 1,5 milhão
Como era previsto pelos organizadores, a sensação da tarde foi a oferta do primeiro clone bovino, após abril deste ano, quando foi regulamentada a lei de comercialização de clones em leilões pelo Ministério da Agricultura, Embrapa e com garantia de registro da ABCZ.
– Tudo o que é novo gera expectativa e às vezes desconfiança do mercado, mas os benefícios que a clonagem vai trazer para a pecuária seletiva são evidentes – disse o diretor do Programa Leilões, Paulo Horto, durante a disputa pelo clone da consagrada matriz Betina I LRMS.
A vaca, filha do Fajardo da GB na Lakota TE Kubera é reconhecida internacionalmente pela genética cobiçada e alcançou em dois anos valores que ultrapassam R$ 7 milhões comercializados em remates país afora. O clone, além de possuir as mesmas qualidades da original, tem a possibilidade de competir em grandes exposições e produzir grandes campeões por mais tempo.
– A semelhança dos dois exemplares é impressionante. Explorar esse mercado é uma grande vitória – confessou o assessor pecuário Fernando Barros.
O lote, ofertado pelo convidado Luiz Roberto Menezes Soares, ficou valorizado em R$ 1,428 milhão. O condomínio formado por José Alberto Sartori e a anfitriã dos negócios, Claudia Junqueira, arrematou metade do clone por R$ 714 mil.
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