| 29/10/2009 17h48min
Integrantes da cadeia produtiva do trigo estão insatisfeitos com as medidas adotadas pelo governo para apoiar o setor. Por causa do excesso de chuvas, das seis milhões de toneladas previstas, cerca de três milhões devem ser colhidas.
Para garantir a compra do produto nacional e a renda do agricultor, o governo resolveu agir. Uma das medidas foi aumentar o preço mínimo que atualmente está em US$ 530 a tonelada. A indústria voltou a reclamar, dizendo que o valor está acima do praticado no mercado, algo que o próprio governo reconhece.
A solução encontrada para cobrir essa diferença foi o chamado leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). No primeiro, realizado nesta quinta, dia 29, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), das 182 mil toneladas ofertadas, 136 mil foram arrematadas. A idéia do governo é fazer um leilão por semana.
Representantes do setor se reuniram em um congresso internacional em São Paulo e comentaram a ação do governo. Em um ponto, produtores e indústrias concordam: as medidas tomadas pelo governo apenas remediam, mas não resolvem o problema do setor. Uma alternativa apontada pelos especialistas seria um grande acordo, onde todos os elos da cadeia: moinhos, agricultores, e governo teriam que ceder um pouco.
O problema é antigo. A indústria diz que a maior parte do trigo produzido no Brasil tem qualidade inferior à necessária. Esse é um dos motivos para procurar matéria-prima no exterior, problema que ficou mais grave este ano por causa da safra menor. Apesar disso, os triticultores garantem que têm investido para melhorar a produção.
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