| 27/10/2009 19h27min
A segunda maior companhia sucroalcoleira do mundo já tem planos para abrir capital na bolsa. É a LDC SEV, resultado da associação entre a multinacional Louis Dreyfus e a brasileira Santelisa Vale. Os detalhes sobre a criação da nova empresa foram apresentados nesta terça, dia 27, em São Paulo. A união das duas empresas foi aprovada pelos acionistas nesta semana.
A multinacional francesa Louis Dreyfus é conhecida do produtor brasileiro principalmente como exportadora de soja. Porém, nos últimos anos criou a LDC Bioenergia e também investiu no setor sucroalcoleiro. Já a Santelisa Vale é uma companhia brasileira que atua há 70 anos na produção de açúcar e álcool.
A nova empresa vai ter capacidade para moer 40 milhões de toneladas de cana por ano, sendo 2,7 milhões de toneladas de açúcar e 1,5 milhão de metros cúbicos de etanol. São, ao todo, 13 usinas em cinco Estados brasileiros, 22 mil empregados e três mil fornecedores.
Para concretizar a associação, foi preciso resolver o problema de endividamento da Santelisa Vale. A dívida de R$ 550 milhões com diversos bancos foi convertida em participação no controle acionário da nova empresa.
Os bancos vão ter uma parcela de 13% das ações, a Santelisa fica com 18%, e a Louis Dreyfus com 60%. Os 9% restantes vão ser de investidores. Os detalhes sobre quem são estes outros sócios ainda não foram divulgados, mas a direção da empresa adiantou que as tratativas estão avançadas e que o maior interesse é de bancos de desenvolvimento internacionais.
Uma das principais apostas da nova organização é a co-geração de energia. A LDC SEV já está pronta para gerar 982 megawatts de energia elétrica. Porém, os dirigentes afirmam que em apenas dois anos, a capacidade deve ser ampliada em 60%, chegando a 1,6 gigawatts, quantidade suficiente para atender a demanda de todo o Estado do Espírito Santo.
Segunda empresa do mundo em energia renovável, a LDC SEV também tem planos para ampliar a capacidade de moagem, com a expansão das usinas. Além disso, os executivos não descartam investimentos em novas plantas.
Outro plano da nova companhia é ingressar na bolsa de valores. Ao fazer a oferta inicial de ações, o chamado IPO, a empresa pode financiar os novos investimentos. A previsão é abrir o capital no prazo de três a cinco anos.
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