| 27/10/2009 10h10min
O Banco do Brasil fechou o primeiro semestre da safra 2009/10 com crescimento de 50% em relação ao mesmo período da safra passada. Em setembro, os reembolsos em financiamentos de custeio, investimento e comercialização somaram R$ 10 bilhões e até o final do mês de outubro podem chegar a R$ 15 bilhões.
A expectativa é de que o índice se mantenha até o final do ciclo.
– Ano que vem, teremos uma atuação mais forte ainda na comercialização e no próprio programa de investimento da agricultura familiar e também da empresarial – afirmou o diretor de agronegócios do Banco do Brasil em Brasília (DF), José Carlos Vaz.
O andamento dos negócios ligados à safra agropecuária foi um dos assuntos abordados por Vaz durante visita realizada na manhã dessa segunda, dia 26, ao presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, na sede da Organização, em Curitiba. Estiveram presentes ainda o superintendente comercial do BB na região Sul, Ives Cezar Fülber, e o gerente do Mercado da região Sul, Jayme Pinto Júnior.
– Nós também conversamos sobre os nossos trabalhos conjuntos visando dar assistência financeira à reestruturação e o fortalecimento ao setor cooperativista através das linhas Procap (Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária) e Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária), com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) – acrescentou Vaz.
Em sua passagem pela Ocepar, o diretor do BB fez uma análise sobre as dificuldades enfrentadas pelos agricultores nessa safra.
– Na região Sul, nós estamos tendo problema com o clima e comercialização, que prejudicam a renda e a sustentabilidade do negócio do produtor. Sabemos que o governo está entrando com medidas de sustentação à comercialização do trigo. As nossas agências também estão instruídas sobre a possibilidade de fazer prorrogações daquelas dívidas que são
enquadráveis nessa situação. Também
estamos agilizando as indenizações do Proagro e do Seguro Agrícola da Aliança do Brasil – disse Vaz.
O diretor do banco orienta os produtores em dificuldades a procurar as agências para buscar melhor forma de encaminhamento para as dívidas, mas recomenda:
– Sempre que for possível, a liquidação da dívida é melhor do que uma prorrogação, porque ela acaba impactando nos negócios futuros do produtor. Mas se isso não for possível, nós estamos dispostos a fazer a prorrogação e as agências estão à disposição para discutir o melhor encaminhamento – afirmou.
Vaz também salientou a importância do cooperativismo como um grande aliado do produtor, especialmente no atual cenário de mercado, caracterizado pela alta competitividade.
– O cooperativismo em si é uma solução de potencialização do produtor rural. O Banco do Brasil, desejando sempre ser o principal e o maior banco do agronegócio brasileiro, não pode deixar de trabalhar junto com as cooperativas. Cada vez mais as partes, antes e depois da porteira, têm uma escala maior que a dos produtores. Então, é preciso que eles se associem, para ter escala e capacidade de competir – aconselhou.
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