| 27/10/2009 09h
A cotação atual, a redução do custo de produção e a expectativa de clima favorável animam os produtores gaúchos que colocam as máquinas na lavoura para o plantio da principal cultura gaúcha de verão: a soja.
Mas há incerteza se a cotação do grão se manterá ao longo da safra (ontem, era de R$ 42,50 e há um ano, de R$ 43) e em relação ao fenômeno climático El Niño. Conforme a Emater, a expectativa é de que a área da oleaginosa atinja 3,95 milhões de hectares no Estado – 3,2% maior do que na safra passada. Cerca de 1% do total de soja previsto já foi semeado.
Luciano Furian Ardenghy, agricultor em Cruz Alta, semeava ontem parte dos 500 hectares programados para o grão. Em 2008, na mesma área, a seca no final do desenvolvimento das plantas fez com que colhesse 48 sacas de 60 quilos por hectare. Agora, espera uma safra sem problemas e rendimento de 55 sacas por hectare.
– No ano passado, pagávamos R$ 1,6 mil a tonelada do adubo. Nesse ano, a mesma
quantidade custa R$ 800. Com redução no
custo e preço bom, cresce nossa perspectiva de lucro na hora da colheita – disse Ardenghy.
Segundo o assistente técnico estadual da Emater, Alencar Rugeri, essa redução no preço dos insumos faz com que os produtores rurais invistam mais em tecnologia aplicada na lavoura. Assim, a tendência é de que a produção cresça. Se o rendimento médio esperado para o Estado se confirmar em 2.128 quilos por hectare, a produção gaúcha será de 8,395 milhões de toneladas. Na safra passada, foram 7,677 milhões.
A previsão de El Niño vinha animando os agricultores. Segundo a meteorologista Estael Sias, da Central de Meteorologia, quando o fenômeno ocorre, a chuva costuma ser regular, favorecendo a produção agrícola. Mas não há garantia de que isso irá ocorrer.
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