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A França prometeu nesta quarta, dia 23, defender as leis internacionais "sob todas as circunstâncias'' depois de os Estados Unidos terem sugerido que o país europeu sofreria as consequências por ter se oposto à guerra lançada pela superpotência no Iraque. Apesar de o governo francês ter pedido inesperadamente nessa terça, dia 22, pela suspensão das sanções contra o país árabe, os EUA continuam frios e o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, disse que as relações com a França seriam reexaminadas em vista da crise iraquiana.
O ministro francês das Relações Exteriores, Dominique de Villepin, em um comunicado divulgado durante uma visita dele à Turquia, disse que a França havia procurado, durante a crise, defender as leis internacionais e que a maior parte dos países do mundo concordava com ela.
Para diplomatas, a mudança de postura do governo francês em relação às sanções é uma concessão aos EUA, que desejam a suspensão delas o mais rápido possível. Alguns especulam que o país pode tentar usar as negociações em torno do fim do embargo para pressionar a superpotência.
Questionado na terça-feira sobre se a França sofreria as consequências pelo fato de ter se oposto à guerra no Iraque, Powell disse que sim. A França enfureceu os EUA antes da guerra por ameaçar o uso de seu poder de veto a fim de impedir a aprovação na Organização das Nações Unidas (ONU) de uma resolução que autorizasse o uso da força contra o Iraque. Agora, o país europeu deseja a volta dos inspetores da ONU ao território iraquiano, medida que os norte-americanos já disseram se opor.
As informações são da agência Reuters.
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