Um dia antes do início dos debates sobre a crise nuclear protagonizada por norte-americanos e norte-coreanos, o comandante das forças dos Estados Unidos na Coréia do Sul, general Leon LaPorte, disse nesta terça, dia 22, que a Coréia do Norte representa muitas ameaças à estabilidade global. Laporte mencionou a combalida economia comunista do país, seu programa ativo de armas nucleares, a proliferação de tecnologia de mísseis, amplas forças militares convencionais e forças especiais direcionadas à Coréia do Sul como elementos responsáveis por tal avaliação.
 
LaPorte, que comanda os 37 mil soldados estacionados na Coréia do Sul, não mencionou as negociações que têm início nesta quarta em Pequim sobre as ambições nucleares de Pyongyang. Uma equipe dos EUA liderada por James Kelly, secretário de Estado assistente para assuntos da Ásia, chegará à cidade chinesa para participar do encontro.

Os EUA querem debater o fechamento do programa nuclear norte-coreano. A Coréia do Norte, entretanto, quer garantias de que não será atacada pelos norte-americanos.

Os sul-coreanos, excluídos das primeiras negociações formais desde o início da crise nuclear, em outubro, garantiram enviar um diplomata graduado para monitorar o encontro em Pequim. Seul deslocará diplomatas a Pyongyang para negociações ministeriais no fim de semana. O tema deverá ser ajuda sul-coreana para o Norte.

Pedindo para o país vizinho do sul adotar uma política contrária aos EUA, o jornal do partido do governo norte-coreano afirma que os norte-americanos falam em bombardear instalações nucleares da Coréia do Norte. Analistas internacionais estimam que as negociações desta quarta não terão resultados imediatos.

A tensa situação e um dia de realização de lucros derrubaram os mercados de valores asiáticos, que deram fim às operações desta terça em baixa. Na Coréia do Sul, o índice da bolsa local cedeu 2,82%.

As informações são da agência Reuters.