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O inspetor-chefe de armas da Organização das Nações Unidas (ONU), Hans Blix, disse nesta quinta, dia 17, que seus especialistas podem voltar ao Iraque em duas semanas, se o Conselho de Segurança der o sinal verde e se o governo dos Estados Unidos quiser que eles voltem.
– Os inspetores ainda estão a nosso serviço, cada um está em seu país, demoraria duas semanas para que eles possam voltar a Bagdá – declarou Blix à rede de comunicação britânica BBC.
A maior parte dos 15 membros do Conselho de Segurança está ansiosa para ver os inspetores de volta ao Iraque, para que possam finalizar a investigação a respeito de armas de destruição em massa, banidas depois de o Iraque ter invadido o Kuwait em 1990.
Para que a ONU retire as sanções aplicadas ao Iraque há quase 13 anos, uma das condições é certificar-se de que não existem no país armas químicas, biológicas e nucleares.
Mas os EUA não desejam o retorno imediato dos inspetores de armas, dizendo que preferem fazer o serviço por conta própria. O Pentágono declarou nesta quinta que recrutou cerca de 10 ex-inspetores da ONU para ajudar na busca pelas armas proibidas.
Ainda assim, Blix prevê que as equipes da ONU devem voltar para dar credibilidade às buscas:
– Até agora, não foi encontrada nenhuma arma de destruição em massa. Acho que, a certa altura, precisarão de algum tipo de verificação internacional de credibilidade a respeito do que acharem.
Blix disse ainda que "talvez agora esteja mais propenso a acreditar" que o Iraque não possui armas de destruição em massa.
– Nunca afirmamos que o Iraque tinha armas de destruição em massa, apesar de não descartarmos a hipótese. Agora vamos ver se os EUA e a Grã-Bretanha estavam com razão. Estou muito curioso e lhes desejo sorte em suas buscas – declarou à revista alemã Der Spiegel, em entrevista a ser publicada nesta sexta.
Blix, cujos inspetores foram retirados do Iraque pouco antes da guerra começar, no dia 20 de março, disse que não esperava voltar pessoalmente a Bagdá.
– Estou trabalhando em meu relatório final ao Conselho de Segurança e voltarei para casa, na Suécia, quando acabar meu contrato, em junho – declarou à Der Spiegel.
Ele deve comparecer ao Conselho de Segurança na terça para relatar o que acha que a força de inspeção da ONU deve fazer no período pós-guerra.
As informações são da agência Reuters.
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