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 | 25/09/2009 15h14min

Protecionismo da China frustra o setor de suínos no Brasil

Fechamento de mercado para EUA e Europa diminui esperança dos exportadores

O aumento das restrições impostas pela China para que seus parceiros comerciais exportem carne suína para o país praticamente esfacelaram as pretensões do Brasil de vender o produto para lá.

– Perdemos o bonde para exportar – reclamou o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto.

– Se os chineses estão fechando o mercado para americanos e europeus, como esperar que vão abrir para nós? – questionou.

A China abriu briga com os Estados Unidos e vários países da Europa ao passar a exigir certificação de que a carne exportada para lá está livre do vírus A (H1N1), causador da gripe A. A nova imposição aumentará os custos para os exportadores.

Há quatro anos, a China teve um problema sanitário e precisou importar. Na ocasião, procurou Brasil, União Europeia e EUA. Os dois últimos foram especialmente ágeis e passaram a vender aos chineses, que chegaram a importar 400 mil toneladas.

A situação melhorou, contudo. Isso levou Pequim a reduzir recentemente o volume de importações para menos de 200 mil toneladas. A freada agora deve ser mais forte. O pretexto tem sido a gripe suína, apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter insistindo que o vírus não é transmitido por meio do consumo de carne de porco.

Os chineses insistem que não se trata de restrição comercial, mas de prevenção contra uma epidemia no país. Para Camargo Neto, o governo brasileiro deveria ter sido mais incisivo com os chineses para abrir o mercado. Na situação atual, poderia usar também a relação privilegiada que o presidente Lula diz ter com Pequim, afirma.

– Mas agora é tarde – lamentou.

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