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 | 16/09/2009 17h26min

Ruralistas protocolam pedido de CPI para investigar MST

Pedido agora deve ser aprovado pelo Congresso Nacional

Atualizada às 21h45min

Ruralistas protocolam pedido de CPI mista para investigar o repasse de dinheiro público para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Para ser instalada a comissão é preciso que o pedido seja lido em sessão do Congresso Nacional.

O documento, entregue por parlamentares do Democratas, pede a investigação de cooperativas e entidades que serviriam de fachada para que recursos públicos chegassem ao MST. As denúncias usadas para justificar a criação da CPI envolvem irregularidades e desvios em convênios de ministérios, órgãos do governo e até da Presidência da República, com entidades, como a Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária do Brasil. Segundo a Bancada Ruralista, o repasse de dinheiro público para essas instituições estava proibido desde a CPI da Terra, que investigou o mesmo assunto em 2003.

– As denúncias demonstram claramente que o repasse de recursos públicos para cooperativas de fachada para atender o MST conta com omissão, a leniência e com o comportamento dúbio por parte de ministros do governo – acusa a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu.

– Vários ministros poderão ao final da CPI do Campo ser indiciados por improbidade administrativa – afirmou o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS)

Segundo a senadora, de acordo a imprensa, os últimos repasses para o movimento foram de mais de R$ 60 milhões. Desses, R$ 20 milhões seriam de organizações não-governamentais estrangeiras, e os outros R$ 40 milhões teriam saído dos cofres da União.

– Parte desse imposto está sendo transmitida ao MST para patrocinar invasões de terras, e nós observamos que cada repasse para essas cooperativas coincide com o acirramento das invasões – destaca a senadora Kátia.

Em nota, o MST disse que considera a CPI uma represália à bandeira da revisão dos índices de produtividade, e que o movimento vem sendo perseguido há 25 anos por latifundiários, órgãos de Estado, Poder Judiciário e pela imprensa.

Por meio de sua assessoria, o Ministério do Desenvolvimento Agrário disse que só vai se pronunciar quando tiver acesso ao pedido de criação da comissão.

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