| 15/09/2009 15h09min
O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, disse, durante a Conferência Internacional de Confinadores (Interconf), em Goiânia (GO), não estar lembrado do setor ter passado por momento tão turbulento como o atual.
– O setor enfrenta a falta de crédito, a quebra de frigoríficos, verifica o benefício da retirada do PIS e Cofins somente para os frigoríficos e não para os produtores, observa a criação do Funrural para os setores de embriões e sementes, enfim, passa por um período muito complicado – ressalta.
Ele cita o exemplo do setor de couro, um dos únicos que necessitam pagar impostos na exportação, o que acaba criando uma reserva de mercado para poucas indústrias do país e faz com que o preço pago diminua consideravelmente.
– Há algum tempo, o valor do quilo de couro oscilava entre R$ 2,20 e R$ 2,30, mas hoje não passa de R$ 0,15 em Goiás. Isso acaba interferindo no valor pago pela arroba do boi – afirma.
Nogueira acrescenta que o setor vive outros problemas, como a situação do boi pirata e as questões de bem-estar animal, relacionadas a barreiras sanitárias e tarifárias.
– Por outro lado superamos o problema da febre aftosa, embora muitos desafios ainda estejam por vir, como as discussões em torno do meio ambiente – finaliza.
Para o representante da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa),Maurício Faria, a conquista de novos mercados para a carne bovina depende da segurança alimentar e da defesa sanitária.
– Percebemos a importância do setor de pecuária, já que o Estado responde por um terço dos confinamentos do Brasil. Estamos trabalhando a cada dia para fazer com que o setor coloque um alimento cada vez mais saudável na mesa do consumidor – conclui.
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