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 | 13/09/2009 16h57min

Vítimas da chuva em Santa Catarina esperam por ajuda

Mais de 3 mil pessoas foram atingidas pela tempestade em Abelardo Luz

Atualizada às 21h22min

Seis dias de uma tempestade ter atingido municípios no Extremo-Oeste e Meio-Oeste de Santa Catarina, as vítimas tentam retornar ao ritmo de vida normal, limpando e consertando as casas ou refazendo a rotina nos abrigos. A ajuda prometida de cestas básicas e liberação de verbas, no entanto, ainda não se efetivaram, agravando ainda mais a vida de quem perdeu tudo.

Em Abelardo Luz, próximo à divisa com o Paraná, mais de 3 mil pessoas foram atingidas pela ventania da noite da última segunda-feira, sendo que pelo menos 52 moradores tiveram as casas completamente destruídas.

No ginásio de esportes municipal, quatro famílias permanecem alojadas. Elas trouxeram tudo o que restou depois da chuva, incluindo uns poucos móveis, eletrodomésticos, utensílios de cozinha e algumas roupas.

O auxiliar de serviços gerais Jair de Freitas teve que abandonar às pressas o porão onde morava com a esposa e três filhos. A água inundou tudo e a casa ameaça desabar. Agora, estamos sem nada, contou o ex-agricultor, que trocou o campo pela cidade para trabalhar de pedreiro, mas teve que parar por causa de uma cirurgia no joelho.

Sem ter o que fazer, ele conta que não sabe como vai manter a família daqui para frente. Drama semelhante vive Janete Padilha, que também foi levada para o abrigo depois que sua casa foi arrasada. Só conseguimos salvar o fogão e dois sofás. O resto se perdeu, disse ela, que tem quatro filhos, sendo o mais novo um bebê de dois meses.

Os casos são acompanhados de perto pelo secretário de Infraestrutura da cidade, Valdecir Teston, que se preocupa com a demora na liberação de verbas para o município, que teve o sistema de transporte e a economia prejudicados pela chuva, que arrasou estradas e pontes e colocou abaixo galpões e aviários.

— A situação é horrível. Foi uma catástrofe para Abelardo Luz, que é essencialmente agrícola e tem 48% da população vivendo no meio rural. Isso dificulta a assistência aos desabrigados, mas essas pessoas não podem esperar. Nós precisamos de ações imediatas dos governos para que elas tenham um mínimo de condição de sobrevivência — afirmou.

AGÊNCIA BRASIL
 
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