| 09/09/2009 09h01min
A notícia da liberação da entrada de 9 mil toneladas de leite em pó da Argentina no Brasil preocupa o setor lácteo gaúcho. A autorização pegou de surpresa o segmento, que teme ser penalizado por uma consequente queda dos preços.
Para justificar a queixa, o setor aponta o período escolhido pelo governo federal para aprovar a importação. A época de safra é considerada um momento inoportuno pelas indústrias, já que pode provocar um excedente de produção.
– Não somos contra a entrada de produtos vindos de outros países, mas queremos que o governo observe e aprove em um momento adequado. Esta decisão traz efeitos diretos porque pode acarretar excedente de produção e, consequentemente, uma diminuição de valores para o próprio produtor – diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Carlos Feijó.
Mesmo com a decisão, o setor não desanima. Depois de acumular bons resultados, alicerçados em investimentos empresariais expressivos no Estado, a expectativa da indústria é de manter o caminho do crescimento este ano.
– As indústrias estão trabalhando para ampliar seu leque de ofertas, apostando na diversificação de nichos, como os de produtos orgânicos, probióticos, diet e light – salienta Feijó.
Outra medida que promete jogo de cintura para as indústrias de laticínios é a pretendida relação de cadeia. É uma saída para tentar driblar a instabilidade de preços e dar uma maior segurança para os produtores que, mesmo com os altos e baixos, acreditam na evolução.
Segundo o Sindilat-RS, a estimativa é elevar a capacidade produtiva gaúcha de 14 milhões de litros por dia, registrada em 2008, para 18 milhões de litros por dia até 2012. A produção também deve crescer, passando dos 8 milhões de litros diários contabilizados no ano passado para uma média de 12 milhões de litros por dia até 2012.
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