A necessidade de ter uma legislação ambiental adaptada à nova realidade do mundo e do agronegócio e que deixe as regras claras foi unanimidade entre os palestrantes do Fórum Sustentabilidade, Legislação e Gestão no Agronegócio, promovido pelo Canal Rural em parceria com o Instituto Universal de Marketing em Agribusiness (I-UMA) e realizado na manhã deste sábado, dia 5, na Expointer 2009.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho, destacou que, com a pesquisa e a biotecnologia, o produtor tem cada vez mais chance de produzir mais em menos espaço, sem precisar desmatar. Ramalho lembrou que o produtor sabe que o meio ambiente é essencial para a continuidade de sua atividade e alegou que a falta de regras claras é a principal causa da polêmica instaurada no norte do país com relação ao desmatamento das áreas de pecuária.

A necessidade de rever o código florestal e adaptá-lo às peculiaridades de cada região foi levantada por todos os palestrantes. Darcy Walmor Zibetti, coordenador da Associação Brasileira de Direito Agrário no Rio Grande do Sul, disse que as áreas de vertentes são sagradas e não devem ser tocadas, mas que a exigência de mata ciliar na margem dos rios tem que ser pensada caso a caso, e não deve ser igual para todo país.

A discussão entre legisladores, produtores e ambientalistas foi lembrada pelo desembargador Welligton Pacheco Barros.

– Eres, a deusa da discórdia, voltou à tona com as manifestações do ministro do meio ambiente – disse, defendendo que os envolvidos precisam ter um diálogo racional.

Depois do fórum, a Sociedade Rural Brasileira recebeu uma homenagem em comemoração aos seus 90 anos.