| 25/08/2009 19h08min
O Mercosul e a União Europeia devem retomar, em novembro, as negociações para um acordo de livre-comércio, que estavam vinculadas ao resultado da Rodada Doha. O governo brasileiro trabalha para levantar a demanda dos principais setores da economia, que vão ser levadas ao encontro em Lisboa. Mas como a negociação é entre os blocos econômicos, antes disso os brasileiros e os argentinos precisam fazer as pazes.
Na reunião a portas fechadas, o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto e o diretor do Departamento de Negociações Internacionais, embaixador Evandro Didonet, ouviram a posição de representantes dos setores do agronegócio.
— Nós temos uma perspectiva de retomar as negociações de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Européia — diz Didonet.
No primeiro semestre de 2010, a Espanha assume o comando da União Europeia. E o Brasil quer aproveitar o momento para tentar uma retomada nas negociações entre o Mercosul e o bloco europeu paralisadas desde 2004. Para isso o governo busca uma atualização da demanda dos principais setores da economia e o agronegócio também está sendo consultado.
— A situação é similar a de 2004 para a maioria dos produtos. O que foi colocado pelos setores é que eles querem saber se a negociação é para valer, ou apenas uma hipótese porque foi um processo muito demorado desgastante que não deu em nada — explica Porto.
Na tentativa de evitar mais uma derrota nas negociações com a União Européia, as lideranças da agropecuária e da indústria cobram atitudes do governo.
— Pelo que eu li nas entrelinhas, para que o setor se empenhe é preciso que suba o status dos negociadores e interlocutores para o governo — acrescenta Célio Porto.
Segundo o representante do Ministério de Relações Exteriores, o governo está fazendo o possível para viabilizar a retomada da negociação com o bloco europeu. Para reabrir as discussões com a Europa, os países do Mercosul vão precisar se entender.
— Uma das dificuldades que temos é superar a desarmonia do bloco. Hoje temos muitas divergências de interesse de comércio com a Argentina — conclui o secretário de Relações Internacionais, Célio Porto.
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