| 22/08/2009 09h36min
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Ottoni Prado, entregou ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, documento que comprova, com números, que a agropecuária de Mato Grosso é feita de maneira sustentável.
Os números foram apresentados durante o painel Política Classista Avanços e Dificuldades, realizado nesta sexta, dia 21, na Bienal dos Negócios da Agricultura, no Cenarium Rural, em Cuiabá.
Os dados partem de estatísticas produzidas pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e segundo Ruy Prado desmistificam juízo de valor sobre Mato Grosso.
— São informações verdadeiras, que podem contribuir para atuação do
Ministério frente aos pleitos do setor produtivo — enfatizou Prado.
O documento mostra que da safra 2005/06 até a atual temporada, a área cultivada no Estado de Mato Grosso cresceu 4%, enquanto a produção evoluiu 21%. No caso da pecuária, a linha do tempo de comparação é mais extensa. Vai de 2000 a 2008, período em que o rebanho cresceu 38% e a área destinada à pastagem, 9%.
Ainda de acordo com os números apresentados, o desmatamento no Estado recuou 72% de 2004 a 2008.
— Depois de chegar ao pico de 1,2 milhões de hectares, passou a menos de 400 mil no ano passado — defendeu Ruy Prado.
O documento mostra ainda que, com os ganhos em produtividade, a agricultura estadual deixou de incorporar ao sistema de produção 1,24 milhão de hectares nas últimas três safras. Em relação à pecuária, a eficiência aplicada da porteira para dentro permitiu um acréscimo de 25% nos últimos oito anos. Com isso, a atividade deixou de incorporar 6,62 milhões de hectares.
— Esse total de 7,86 milhões de hectares é quase cinco vezes maior que todo o desmatamento registrado no Estado de 2005 a 2008. Sem a expansão geográfica da atividade agropecuária, mais de 900 milhões de toneladas de carbono deixaram de ser emitidas na atmosfera — argumentou o presidente da Famato.
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