O atacante Jonas deu sequência, em entrevista coletiva nesta manhã de sexta-feira, à polêmica lançada um dia antes pelo capitão gremista Tcheco. O jogador, que será titular na partida contra o Santo André, também disse que não recebe da torcida o apoio que julga merecido.

– Eu só me preocupo com o que tem a ver com o meu trabalho. Os números mostram que eu sou o artilheiro e às vezes não tenho o carinho da torcida que gostaria, mas não me preocupo com isso – lamenta.

Tcheco havia dito que recebe críticas nas derrotas, mas nas vitórias os aplaudidos são os "bonitinhos da torcida", sem citá-los. Jonas, perguntado se era um dos "bonitinhos", respondeu com bom-humor:

– Eu me sinto o bonitinho da minha família. E da minha namorada, mas olha lá, ainda teria que perguntar pra ela (risos).

Sobre as derrotas fora de casa - foram cinco em seis jogos - Jonas disse que falta atitude. São resultados, segundo ele, proporcionados pelo próprio Grêmio.

– Está faltando atitude para o nosso time fora de casa. Em Florianópolis, a nossa torcida estava em grande número, mas faltou atitude também. Estamos perdendo para nós mesmos, principalmente fora de casa – referindo-se à derrota de 1 a 0 para o Avaí, na rodada passada. 

Neste sábado o Grêmio não terá três titulares na partida contra o Santo André. Suspensos, não podem atuar o zagueiro Réver, o lateral-esquerdo Fábio Santos e o atacante Maxi López. Para Jonas, não é motivo de preocupação.

O jogador, que substitui o argentino na dupla de ataque com Herrera, lembra a atuação de reservas na vitória de 3 a 0 sobre o Corinthians, também no Estádio Olímpico. Todos os gols foram marcados por substitutos de titulares impedidos de jogar - Alex Mineiro, Rafael Marques e o próprio Jonas garantiram o placar.

– Já teve desfalques contra o Corinthians e a gente foi bem. Quem entrar vai dar o máximo. Com três pontos, a gente volta um pouco mais para cima na tabela – compara.

Além da entrada de Jonas no lugar de Maxi López, Rafael Marques e Jadílson substituem respectivamente Réver e Fábio Santos. Ele vê muitas virtudes no Santo André:

– Fora de casa eles têm uma união muito forte. Têm jogadores de qualidade, uma bola parada muito forte com o Marcelinho. Tem que encarar como se fosse uma decisão. Não podemos mais perder pontos. Nosso objetivo é maior do que o lugar em que estamos agora. Queremos estar até o fim do primeiro turno no G-4.